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Publicado: Sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Outro giro pela cidade

A profissão de calceteiro praticamente extinguiu-se, diga-se, nos últimos vinte anos. Com as medidas ambientais e controle sobre pedreiras, esse duro labor praticamente não mais se vê por aí. No que se refira ao calçamento das vias públicas, essa modalidade sofreu com o avanço gradativo do asfaltamento.

É preciso realçar que essa pesada atividade também requeria conhecimento e técnica, de modo muito especial quando da aplicação de paralelepípedos. Porque em lenta extinção, os profissiionais competentes começaram a rarear cada vez mais. Assim é que no assentamento sem maiores cuidados, foram muitas as ruas que passaram a ter um piso tortuoso e disforme, com pedaços em relevo, pedras não justapostas como a profissão ensina.

Consequencia imediata, vieram os solavancos nos veículos e a impossibilidade de se manter uma velocidade uniforme e compatível no trânsito urbano local. Algumas vias, - Sete de Setembro, final da Padre Taddei e da Santa Rita, tomadas como exemplo, - em pleno quarto centenário da cidade, ficaram próximas da classificação de intransitáveis.

Homenageie-se portanto a nobre conquanto penosa faina dos calceteiros.

O fato em si mesmo, de que o leito de uma rua fosse pois calçado de paralelepípedos, não implicaria em nenhuma inconveniência. Campinas, se ainda não alteradas, tem ou tinha até pouco tempo algumas quadras em paralepípedos, mas simetraticamente aplicados, a permitir um rodar silencioso, quase a não se notar a ausência do asfalto.

Bem por isso que, agora, quinze dias depois de um outro rodar pelas ruas de Itu, num giro embora mais rápido, percebeu-se a excelência e conveniência de um piso igual, a permitir que os veículos viajem numa marcha praticamente contínua, sem a necessidade de se usar o freio a cada relevo do solo. Hão de perceber certamente os motoristas que, sem paradas, o deslize flui e mesmo com observância dos limites, ganha-se naturalmente minutos preciosos nos deslocamentos. A rua Convenção – outro notório exemplo – era pouco usada, porque no ir e vir se escolhiam as paralelas (Joaquim Borges e Capitão Fleming), servidas de asfalto. Agora não: Nela o trânsito aumentou de forma notória. Com alívio, claro, das vizinhas.

Em suma, rode por aí você também.

Se der certo, vai-se perceber uma reforma bem feita e em fase de acabamento, da Igreja Matriz da Paróquia de São José. Tem o seu frontal modificado e, desta vez, com bom gosto, posta abaixo a torre anterior.

Não longe dali – é que se passa sem tempo de observar o local – ganhou excelente exelente mural na entrada da Escola Berreta, na rua Sorocaba. Exibe em alongado painel horizontal uma série de animais em extinção. Cabe inclusive levar crianças para que, calmamente, da calçada oposta, se lhes explique a beleza da fauna brasileira, infelizmente ameaçada.

O jornal de hoje, a propósito, - a grande mídia - primeiro dia de setembro, informa que o fogo destrói noventa por cento do Parque Nacional das Emas em Goiás.

É importante observar enfim edificações novas, muito poucas por enquanto, as comerciais no caso, porque servem de embelezamento da urbe. Costumeiramente, as avenidas marginais, noutras praças, como que se digadliam em promover originalidades nos prédios. Caso específico de um exemplo bem próximo e evidente, a avenida Comitre em Sorocaba, de acesso ao shopping principal. Do mesmo modo, as quadras finais da rua Barão de Tatuí, também na cidade vizinha, no seu trecho final, de quando ela se liga e dá acesso ao bairro do Campolim.

No retorno de um outro breve giro pelas ruas, travessas e avenidas de Itu, constate como nelas agora se roda e se desliza suavemente.

Falta agora, em dias e horários de pico claramente perceptíveis e conhecidos, que se disponham guardas nas esquinas para orientar o trânsito, inclusive naquelas providas de semáforos, pois essas máquinas, pela automação, não são inteligentes para variar a intermitência dos faróis, para mais ou menos tempo, de acordo com o fluxo desigual nessas confluências. Diga-se: esquina dos Correios; Floriano com Elias Lobo; Floriano com Sete de Setembro; Floriano com Madre Teodora; Santa Rita com Garcia Moreno; Santa Rita com Madre Teodora e Santa Cruz com Garcia Moreno. Essas, as mais urgentes.

A propósito, já que se comentam melhorias a Itu, quando é que se vai proporcionar iluminação compatível para a medonha escuridão do ponto de ônibus na lateral do Mercado, confluência da Maestro José Vitório e Santa Cruz?

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