Papai Noel: o Caminho Mais Fácil
Aproximando-se o Natal, ressurge de vermelho o gordinho bonachão. Em meio à barba branca, um sorriso constante vem emoldurado por bochechas rosadas.
Nossa sociedade questiona tudo e todos, mas é intrigante como aceita certos modismos. O Papai Noel, criado nos anos de 1950 pelo marketing norte-americano, nada tem a ver com a figura verídica de São Nicolau que o inspirou muito de relance.
Fica fácil entender a lógica do Papai Noel. Ele nada pede e não é severo. Tem sempre um monte de presentes e vive sorrindo. Não tem doutrina ou condições. Tem uma só condição: que sejamos bonzinhos durante o ano. Só que ultimamente a noção de “bonzinho” está relativa demais.
Natal é tempo cristão, a data que recorda o nascimento de Jesus Cristo. Há muitas famílias conscientes disso, não permitindo que trocas de presente ou ceias fartas releguem o sentido natalino a segundo plano.
Na mentalidade mimada de hoje, que aceita só o que lhe agrada, é incômodo confrontar-se com a figura do Menino Jesus. É estranho ver naquela criança pobrezinha um Messias. É complicado entender um Deus que se fez homem, quando hoje tantos homens querem se fazer deuses. É inaceitável lembrar que este bebê na manjedoura é o mesmo que morrerrá torturado na cruz por pregar o Amor como valor maior.
O Menino Jesus olha pra nós com um puro sorriso infantil. Por trás dessa singeleza ele apresenta dilemas e nos pede para: amar quem nos odeia; dar a outra face ao tapa que machuca; morrer em benefício dos outros; desapegar dos bens materiais; viver já conforme os valores do Reino de Deus.
Chegamos ao ponto: é muitíssimo mais cômodo sorrir para o Papai Noel do que aceitar a proposta que vem do Menino Jesus. Só que o primeiro é ficção, é truque de marketing. O segundo é real e verdadeiro. Mais ainda: é vivo! O Deus que se fez homem e morreu para vencer o mal do pecado, através do Amor, ressuscitou e está conosco até o seu retorno.
Caso queiramos mudar o mundo para melhor, é preciso acertar alguns ponteiros. Não aceitar candidamente os modismos inventados para nos distrair e basear a nossa vida em valores concretos, vindos de pessoas concretas.
Para os cristãos, no Natal, o Jesus verdadeiro e concreto vem até nós numa manjedoura. Espero que você reflita bastante quando olhar nos olhos do Menino Deus. Amém.