Papo de cerveja
Assustei quando vi Mano Menezes estrelando comercial da Kaiser. Como pode o treinador da Seleção Brasileira de futebol, patrocinada pela AMBEV, fazer campanha para a concorrente? Coisas do marketing, lógico. Ainda bem que comerciais não têm nada a ver com o que acontece no campo de jogo.
Os comerciais da Skol continuam os mais criativos do mercado. Já não apelam tanto para a relação “bebida+mulher”. Preferem gravar sua marca usando o humor que, cá para nós, agrada pessoas dos mais diferentes tipos e idades.
A Itaipava faz comerciais com bons textos e uma produção de primeira linha. Não lembra em nada os primeiros reclames, de cinco ou seis anos atrás. Não usa o humor nem as mulheres como fórmula de atração, mas prefere ligar a marca às coisas boas da vida.
Depois do fenômeno “experimenta” que impulsionou a marca Nova Schin, não houve nada tão criativo nos comerciais da cerveja da nossa terra. A Schincariol viu passivamente a concorrente Skol lançar o litrão, novidade no mercado. Para correr atrás do prejuízo, adotou uma campanha que destaca o “ão” fazendo do aumentativo a estrela principal de seus comerciais.
A campanha do “ão” tem seus momentos de graça. Mas nada se compara ao que poderia ser feito caso a Nova Schin escolhesse explorar a fama de exagero que é reconhecida em todo o país (e no mundo) em relação à cidade de Itu onde, afinal, o pioneiro Primo iniciou a história toda.
Noves fora, a campanha da Devassa (marca da Schincariol) explora sem dó nem piedade a relação “bebida+mulher”. E isso graças à sensualidade de Paris Hilton (a estrela que não sabemos por quê afinal é estrela...).
Como gosto da minha cidade e de tudo o que lhe pertence, bem que seria legal ver a Schincariol reaparecer no marketing nacional com uma campanha de verdade, com humor e criatividade.
Enfim, cerveja é pra beber ou pra comentar? Saúde!
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