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Publicado: Segunda-feira, 9 de março de 2015

Paz, vida em harmonia

“Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo.” (Papa Francisco)

“O amor é a única força capaz de levar à perfeição pessoal e social, o único dinamismo que pode fazer evoluir a história para o bem e a paz” (João Paulo II).

A Paz é um tesouro, uma graça. A falta dela nos coloca diante de uma tortura, de um inferno onde é impossível ser feliz.
Não é à toa que Cristo insistia: “A Paz esteja com vocês...”.
Ela não é algo que simplesmente aconteça na vida das pessoas e na sociedade. A paz é a gente que faz. Depende de cada um e de todos nós.
Se estamos diante de um mundo injusto, é porque o homem é injusto.
Se estamos diante de um mundo violento, é porque o homem é violento.
Se o mundo precisa ser reformado, isso só vai acontecer, na medida em que os homens sejam consertados.
Egoísmo, indiferença, materialismo, interesses dominadores, exploradores, tornam o homem inimigo do homem, semeiam ódio e desejo de vingança e impedem que a paz se torne uma realidade entre nós, seja no âmbito familiar, profissional, social ou político.
Infelizmente o mundo se acha envolvido em guerras, conflitos, violência, instabilidade social e pobreza que se alastram como pragas destruidoras. É o mal tomando conta do coração humano. Fracassam as tentativas de acordos pacíficos, dando lugar ao uso do mal para combater o mal. A paz é o resultado de uma longa e árdua batalha, vencida quando o mal é derrotado com o bem: «Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem» (Rm 12,21).
Falta conversão, purificação do coração humano para que aí se instalem sentimentos de solidariedade e amor. Só um coração em paz e feliz será capaz de irradiar a paz.
No caminho da bondade, do bem, seremos justos e fraternos; estaremos afastados do ódio e da violência; seremos construtores da paz. Nesse sentido, o papa Francisco insiste na superação da “cultura do descarte” e na promoção da “cultura do encontro”. Segundo ele: “Diante dos muitos dramas que atingem a família das nações, como a pobreza, a fome, o subdesenvolvimento, os conflitos, a migração, a poluição, a desigualdade, a injustiça, o crime organizado, os fundamentalismos, temos na fraternidade a base e o caminho para a paz”.

Ao final, pode-se concluir que a paz universal depende da paz individual que só se alcança mediante uma vida em harmonia consigo mesmo, com os irmãos, com a natureza e com Deus. Para tanto, o homem precisa olhar para si, conhecer-se melhor, compreender sua essência, aceitar suas limitações naturais; precisa sair de si, olhar para fora, ver os irmãos com os olhos de Cristo, aceitando as diversidades de dons e respeitado as diferenças, aprendendo a compreender e a dialogar, a praticar a caridade e o perdão; precisa respeitar o mundo criado por Deus, com seus recursos e suas leis naturais.

Que Deus nos ajude e Maria, Mãe da Paz, esteja conosco a cada momento para que, alimentados pela Eucaristia, possamos enfrentar o árduo compromisso de lutar para a nossa conversão e para a construção de um mundo alicerçado nos valores da justiça, da liberdade e da paz e que a vida seja respeitada como um bem supremo!

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