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Publicado: Sexta-feira, 8 de maio de 2009

Pensamentos sobre a Vida

Depois de festas, solenidades, recepções, trabalhos importantes, concursos etc., retornando à vida normal, passamos a rememorar tudo, conversar a respeito, procedendo a comentários de toda ordem.
E notamos, com frequência um grande vazio, pois tudo continua como antes, como consta do livro do Eclesiastes não há nada novo debaixo do sol.
Inclusive para se compreender que outras criaturas, de forma alguma se interessam por este ou outros escritos, pois a vida que levam é agitadíssima dentro dos parâmetros da mais elevada modernidade.
Gente cujo tempo se encontra totalmente tomado, com refeições e compromissos em diferentes lugares exigindo até transporte aéreo, sendo que muitas conversas, com parente e amigos, só ocorrem em trânsito, através dos telefones celulares. Com isso, a vida vai passando.
Esse pessoal devendo se sentir feliz com essa correria toda e nós outros, acomodados, também nos conformando com a pouca movimentação, sendo que uns e outros entendendo que a vida que levam, respectivamente é melhor ou preferível.
Na verdade, estamos considerando o pessoal da classe média alta para cima, a elite, detentora do poder e do dinheiro, pois o da pobre – da classe média para baixo – como dizia, de forma condenada e irônica, o deputado Justo Veríssimo, personagem antigo do Chico Anyzio show, “que se exploda”. Tudo, portanto, é difícil de ser conciliado.
A sabedoria da vida, evidentemente, vai depender dos nossos esforços, primeiro para auto-dominarmos procurando dentro de nós próprios, meios capazes de aceitar as condições que a natureza nos impôs; segundo, valer desses próprios meios para superar as deficiências ou vencer os obstáculos.
Esse o ponto chave, o momento nevrálgico, pois surgem os intermediários, onde os salvadores da pátria, os profetas –bons e maus -, e temos de escolher, nos valer do “feeling” pessoal, para descobrir qual o melhor caminho a seguir. No mundo das profissões e dos negócios, há de se descobrir rotas que conduzam ao progresso, àquilo que se chama enriquecimento.
É aí que se encontra o alvoroço da vida moderna. Todos correm. Todos pensam chegar primeiro ao local abundante em jazidas auríferas e assim se tornarem ricos, melhorando o padrão de vida.
Nos tempos atuais essa corrida se tornou perigosa, pois os princípios cristãos, ao que parece, foram relegados, valendo apenas a lei do mais forte, mais esperto, mais desonesto, etc. Estão vivendo como se a vida fosse apenas isso.
O pensamento de Deus está ausente. Muitos duvidam da Sua existência e como não têm certeza se Ele existe ou não, seguem apenas as regras materiais para viver bem.
Procuram cumprir as leis impostas pela sociedade – principalmente as leis de trânsito – pois se essas fossem desrespeitadas de um modo geral, ninguém conseguiria se locomover.
Nós que escrevemos, procurando refletir sobre o mundo que existe em nossos cérebros e o mundo que se nos depara para viver, agora, com o progresso e a modernidade vamos – neste instante -, parar para nos distrairmos penetrando no mundo da televisão.
Pena que aí as cenas que certamente veremos serão contristantes e dolorosas: populares queimando ônibus, desastres horrorosos, crimes violentos e inesperados, crueldade sob todas as formas. Será que depararemos também com alguma boa notícia?
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