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Publicado: Segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pluralidade nas opiniões

Pluralidade nas opiniões

Curiosamente, no passado, uma Itu de população muito menor, a cidade costumava estar servida por até três jornais toda semana.

Uma concorrência sadia.

Triplicada sua população, eis que de há muito se ressente agora da falta de outras folhas que venham compor um núcleo informativo de gama variada.

Não sejam contudo daquelas de mero oportunismo e vida curta, para atender apenas período pré-eleitoral.

Deveras.

Cidade de imprensa restrita fica sujeita a sorver somente orientação pétrea, por bem intencionada que seja, mas sem espaço e campo para se aquilatar melhor de fatos e tendências.

Essa diversificação na informação concorre para que os cidadãos não se vejam premidos a seguir ou até não seguir caminho único e, por isso, de todo modo inseguros os leitores.

Ademais e principalmente à vista de eleições daqui a um ano e cujos sinais já despontam numa concorrência, ao que se anuncia, muito árdua, em face da quantidade de pré-candidatos.

A essa imprescindível pluralidade de opiniões por parte da imprensa escrita soma-se também, sem dúvida, o que advem ainda da mídia em geral, da televisão e dos sites tantos. De fácil constatação, contudo, que o meio informativo on line e móvel representam uma modalidade específica e ágil, de evidente e moderna utilidade, diversificada porém do conteúdo escrito, com peso no fato de que não seja por ora tão comum e encontradiça a figura do idoso à frente do tão difuso e difundido pc.

Para ficar mais claro.

O Estado de São Paulo, A Folha e o Globo não falam necessariamente a mesma língua e, entanto, as pessoas aos poucos se acomodam e se servem de enfoques múltiplos, um conjunto seguramente mais elucidativo.

Pode se dizer que Itu de longa data não desfruta desse tipo de comodidade e maior segurança dos informes, quer dizer, não se lhe oferece gama mais estendida para temas de toda ordem.

Dessa abrangência, pois, é que a cidade de Itu inegavelmente se ressente.

Não é segredo para ninguém que a própria cidade como tal, em repetidas gestões, configura distância acentuada do que seria um desenvolvimento mais aberto, retrato inconteste de comunas vizinhas.

Tampouco se afigure esta crônica como choradeira ingênua e se destine sim, pelo contrário, a que os seus habitantes vejam alguma luz no fim do túnel, de tantas e repetidas administrações inglórias. E, para isso, uma imprensa deveras livre e a servir proveitosa diversidade, em muito a favoreceria.

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