Publicado: Terça-feira, 6 de maio de 2003
Pneumonia Asiática: a bola da vez
Porque se fala tanto nessa nova doença, uma vez que não temos nenhum caso confirmado no país? Essa é uma pergunta que todos deveriam responder, pois estamos falando da primeira epidemia confirmada do século XXI.
Não há controle eficiente, não há remédio disponível, nem vacinas e nem conhecimento suficiente sobre o comportamento desta doença. Estamos lidando com medidas profiláticas e paliativas, e o mundo todo se mobiliza contra o tempo para que os danos não sejam maiores.
Mais uma vez, dependemos da consciência coletiva e divulgação de informações para que as pessoas evitem se expor ao risco do desconhecido.
A Organização Mundial de Saúde fala em 30 paises contaminados, quase 6500 casos registrados e mais de 400 mortes. Esses dados mudam todos os dias, está difícil para as autoridades e a mídia falarem a mesma língua.
No Brasil, não há registro da doença confirmado. Ações rápidas sobre casos suspeitos foram providenciadas e colocaram o sistema de saúde em alerta geral. Hospitais de referencia foram listados e preparados com quartos especiais com pressão negativa (que evita a propagação da doença entre os profissionais de saúde - 1/3 das vítimas das doenças). Medidas de biosegurança, como mascaras, aventais e instrumentos médicos de uso individual foram providenciados. Os aeroportos, portos e fronteiras estão sendo fiscalizados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, aonde todas as pessoas procedentes de áreas de riscos são entrevistadas, mapeadas e orientadas. Esse papel protetor do Ministério da Saúde nos coloca relativamente "preparados para uma guerra" que já existe no mundo.
Os maiores focos da doença, na Ásia, não tiveram medidas preventivas e de alerta a tempo de evitar a disseminação do vírus em uma velocidade assustadora.O regime comunista da China pecou mortalmente ao omitir dados de interesse mundial sobre os números da doença no país, assumindo essa consciência somente em fim de abril.
A Pneumonia Asiática (SARS, em inglês) é causada por um vírus (coronavírus), que antes só provocava pequenos surtos de gripe e era comum em animais. Esse vírus deve ter sofrido uma mutação que o tornou mais letal e mais forte. A transmissão é por via aérea. Os sintomas são semelhantes a uma gripe (febre, prostração, dores pelo corpo), que evoluem rapidamente (a média é de três dias) para uma dificuldade de respirar e tosse seca. Até hoje sabe-se que o doente só transmite a doença após o inicio dos sintomas, por isso o isolamento por 10 dias (chamada quarentena) e a internação hospitalar para alívio dos sintomas, pois não há remédios específicos para a doença.
Um caso só considerado suspeito no Brasil se o paciente for proveniente de uma área de risco (China, Hong Kong, Cingapura e Canadá), pois não há registro de casos autóctones ("nascidos no Brasil").
Na nossa região, os hospitais-referencia são Unicamp , Emilio Ribas e Hospital São Paulo. Leitos especiais estão sendo preparados em outros hospitais.
O período outono-inverno favorece epidemias de gripe. Todos devem ficar alerta, na duvida procurar um médico, que saberá como acionar uma notificação para elucidação da doença. Não há motivo para pânico, mesmo sabendo que não conseguiremos evitar que a doença chegue ao país.
A Ciência corre atrás do prejuízo e numa velocidade estonteante conseguiu isolar o vírus e decifrar seu código genético, o que facilitará medidas terapêuticas de controle da doença.
Mais uma vez, o conhecimento sobre os riscos e o alerta à população deverão ser os grandes trunfos contra esse vírus - comportamentos coletivos bem orientados poderão ajudar a Ciência nessa guerra globalizada.
Não há controle eficiente, não há remédio disponível, nem vacinas e nem conhecimento suficiente sobre o comportamento desta doença. Estamos lidando com medidas profiláticas e paliativas, e o mundo todo se mobiliza contra o tempo para que os danos não sejam maiores.
Mais uma vez, dependemos da consciência coletiva e divulgação de informações para que as pessoas evitem se expor ao risco do desconhecido.
A Organização Mundial de Saúde fala em 30 paises contaminados, quase 6500 casos registrados e mais de 400 mortes. Esses dados mudam todos os dias, está difícil para as autoridades e a mídia falarem a mesma língua.
No Brasil, não há registro da doença confirmado. Ações rápidas sobre casos suspeitos foram providenciadas e colocaram o sistema de saúde em alerta geral. Hospitais de referencia foram listados e preparados com quartos especiais com pressão negativa (que evita a propagação da doença entre os profissionais de saúde - 1/3 das vítimas das doenças). Medidas de biosegurança, como mascaras, aventais e instrumentos médicos de uso individual foram providenciados. Os aeroportos, portos e fronteiras estão sendo fiscalizados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, aonde todas as pessoas procedentes de áreas de riscos são entrevistadas, mapeadas e orientadas. Esse papel protetor do Ministério da Saúde nos coloca relativamente "preparados para uma guerra" que já existe no mundo.
Os maiores focos da doença, na Ásia, não tiveram medidas preventivas e de alerta a tempo de evitar a disseminação do vírus em uma velocidade assustadora.O regime comunista da China pecou mortalmente ao omitir dados de interesse mundial sobre os números da doença no país, assumindo essa consciência somente em fim de abril.
A Pneumonia Asiática (SARS, em inglês) é causada por um vírus (coronavírus), que antes só provocava pequenos surtos de gripe e era comum em animais. Esse vírus deve ter sofrido uma mutação que o tornou mais letal e mais forte. A transmissão é por via aérea. Os sintomas são semelhantes a uma gripe (febre, prostração, dores pelo corpo), que evoluem rapidamente (a média é de três dias) para uma dificuldade de respirar e tosse seca. Até hoje sabe-se que o doente só transmite a doença após o inicio dos sintomas, por isso o isolamento por 10 dias (chamada quarentena) e a internação hospitalar para alívio dos sintomas, pois não há remédios específicos para a doença.
Um caso só considerado suspeito no Brasil se o paciente for proveniente de uma área de risco (China, Hong Kong, Cingapura e Canadá), pois não há registro de casos autóctones ("nascidos no Brasil").
Na nossa região, os hospitais-referencia são Unicamp , Emilio Ribas e Hospital São Paulo. Leitos especiais estão sendo preparados em outros hospitais.
O período outono-inverno favorece epidemias de gripe. Todos devem ficar alerta, na duvida procurar um médico, que saberá como acionar uma notificação para elucidação da doença. Não há motivo para pânico, mesmo sabendo que não conseguiremos evitar que a doença chegue ao país.
A Ciência corre atrás do prejuízo e numa velocidade estonteante conseguiu isolar o vírus e decifrar seu código genético, o que facilitará medidas terapêuticas de controle da doença.
Mais uma vez, o conhecimento sobre os riscos e o alerta à população deverão ser os grandes trunfos contra esse vírus - comportamentos coletivos bem orientados poderão ajudar a Ciência nessa guerra globalizada.
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