Política e Eleição... não é comigo???
Publicado na revista Canal RH em 24/09/2012
Durante muito tempo acreditei que a política era para os políticos e que os políticos não conseguiam se eleger sem se corromper. Claro que havia honrosas exceções, mas eram considerados ingênuos ou não passavam de um primeiro mandato. Com esse pensamento era muito simples o que me cabia fazer, ou seja... NADA! Obviamente isso não me impedia de reclamar constantemente das opções ridículas da maioria dos eleitores, votando em todo tipo de absurdo. Gestão pública era uma coisa séria e não fazia sentido eleger (com todo respeito) analfabetos, palhaços, criminosos, delinquentes, enganadores, corruptos, ladrões e todo tipo de adjetivos que não combinam com a respeitável imagem de um gestor público.
Essa minha miopia foi se dissolvendo conforme fui percebendo que o meu silêncio era pior do que os ruídos ensurdecedores dos políticos. Martin Luther King escreveu em abril de 1963, “Temos que nos arrepender, nessa geração, não apenas pelas palavras e ações de ódio das pessoas más, mas pelo silêncio assustador das pessoas boas.” Portanto o que assusta não é a corrupção escancarada dos maus políticos, mas o silêncio aterrador das pessoas boas.
Isso se expande para todas as áreas, acreditando que os responsáveis são sempre “os outros”. Educação é com a Escola. Saúde é com o Médico. Sustentabilidade é com as Empresas. Segurança é com a Polícia. Transito é com o Governo. Espiritualidade é com a Religião. Notícias são com a Globo. Alimentação é com os comerciantes. Catástrofes são com Deus. E por aí vai... Não há nada que eu possa fazer! Isso é assim mesmo!
Agora acredito que há muita coisa que eu possa fazer. Apesar do poder das políticas, dos diplomas, dos remédios, do dinheiro, das forças armadas, das leis, dos templos, das mídias, dos negócios e da natureza, tenho a responsabilidade de dar a minha contribuição. Por menor que seja.
Dessa vez não vou votar num candidato e sim num MOVIMENTO! Vou votar no Movimento que traz a Rede Nossa São Paulo, Ethos, SOS, IDS, Plataforma Sustentável e tantas outras entidades em busca de um governo com uma gestão sustentável, vou votar para vereador de São Paulo no Ricardo Young que representa essa Nova Política que acredito.
Será que precisamos nos conformar que a política não tem jeito? Será que tudo bem o desmatamento aumentar em 220% (segundo o DETER do INPE) no mês passado em relação ao mesmo período do ano passado? E o trânsito? Incentivar a indústria automobilística com recursos públicos é tudo bem? Estamos assistindo (ao vivo) a novela do Mensalão. Quanto custa o minuto na TV? Qual é o salário de um jogador de futebol? E de um professor? E de um médico?
Acredito na construção de um novo modelo e para isso é preciso eleger o Movimento com números espetaculares. Essa é a minha contribuição para dizer que não vou mais “fugir” da Política e da Eleição. A Nova Política é com todos nós!