Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Política, Futebol e Religião

Assuntos tidos como proibidos para se discutir, pois, com as divergências sempre existentes, os nervos exacerbados, podem os debatedores. Se ofenderem mutuamente ou mesmo partirem para agressões físicas. Todavia, há de se reconhecer, na convivência normal, que os temas preferidos para conversação e explorados pela mídia em geral, se encaixam nesse contexto.
 
Quando adolescente, o meu assunto preferido era futebol; posteriormente optei pelos temas religiosos, com absoluta preferência até hoje. A grande maioria opta pelo assunto política, que predomina em toda a mídia, de tal forma que os seus aficionados podem deitar e rolar, falando e escrevendo sobre milhares de hipóteses e possibilidades.
 
Nos dias atuais, o setor político, além de cogitar do programa fome zero, das reformas tributárias e previdenciárias, cogita de dezenas de assuntos paralelos, como cassação de mandatos, fraudes, corrupções, desrespeito às normas do partido, etc.
 
No futebol, o povo se distrai com os inúmeros campeonatos, situações complicadas de muitos clubes em face dos regulamentos, pairando no ar ,todavia, o crucial momento em que a multidão enfurecida pelas derrotas ou fracassos, poderá resolver destruir o que vê pela frente.
 
Quanto à religião, está ocorrendo um fenômeno estranho há bastante tempo. Não se discute mais a respeito. Não se cogita mais do que se chamava outrora apostolado. Cada um tem a sua fé, procura vive-la da melhor forma e no seu ambiente, único local onde o indivíduo é reconhecido como religioso. Fora desse local, o indivíduo mistura-se com a multidão e ninguém sabe mais que pito apita.
 
É evidente que, dos três, o tema religião é o mais importante para ser cogitado. Interpenetra-se com os assuntos filosóficos à procura das primeiras causas e dos primeiros princípios, pois, como seres contingentes e fadados ao desaparecimento orgânico, nos interessamos pela continuidade da vida após a morte.
 
Felizmente, viemos conhecer a luz num país cristão-católico e, por certo, abeberando-nos dos conhecimentos recebidos dessa civilização, nos consideramos as pessoas mais felizes do mundo, pois a nossa fé nos conclama a esperar uma eternidade absolutamente feliz.
 
Nessa espera temos de conviver com os contemporâneos, daí surgindo a necessidade criação de normas asseguradoras dos direitos de cada um, a serem elaboradas pela política. Quanto mais religiosos forem os políticos, portanto, mais consentâneas serão as leis, jamais dissociando das normas do Supremo Legislador.
 
Por isso, causa-nos inquietações, muitos políticos, representando o povo, cogitarem de proporem leis contrarias ao direito natural, em nítida violação ao Decálogo.
                 
Outra evidência, também, é que precisaríamos deixar de lado a inércia e a omissão para sugerirmos e opinarmos, sobre elaboração de leis no Congresso que visem principalmente o divórcio, o aborto, as uniões livres, etc., junto aos deputados que elegemos.  
 
Isso não impede de continuar assistindo o nosso joguinho de futebol pela tevê evitando ir aos estádios, infelizmente, enquanto não desaparecer a violência dos hooligans e dos tifosi brasileiros...
Comentários