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Publicado: Terça-feira, 6 de maio de 2014

Por hoje, só um recadito

É usual e corrente, que diante de problemas concretos e de solução difícil, sejam eles considerados como autêntico “abacaxi”. Assim se expressa o vulgo.

Constitui essa prática, em verdade, uma inominável injustiça para com essa iguaria deliciosa, das mais preferidas entre aquelas de tamanho volumoso dentre as consagradas frutas tropicais do país.

Certo que sua casca razoavelmente pontiaguda demanda cuidado para se descascar. Acontece, no entanto, que logo em seguida ocorre a recompensa de sua apreciada degustação, mesmo que se realizada na hora e no local do seu plantio. Isso, em criança, a gente fazia em sítios de amigos, diretamente na roça.

Quanto mais no café da manhã ou como sobremesa. Hummm.

Mas, e daí?

Quem conseguiria expropriar esse arraigado chiste do consenso popular,o de culpar o inocente abacaxi de todos os desencontros da vida?

Por isso, quer-se, com as devidas escusas ao fruto ácido e doce, assentir junto ao povo que Itu, como todas as cidades, tem diante de si um problema enorme.

Diga-se logo e desde já que essa preocupação se refere ao desorganizado e confuso trânsito de veículos.

Já viram vocês quando se tem ingredientes ou objetos em quantidade para serem devidamente acomodados dentro de uma vasilha, pacote ou lugar qualquer, sem que todos caibam ali? Como recurso, a depender do que seja – roupas por exemplo, o que se faz é amontoá-las, calcando-as e as amassando enfim.

Então.

Está-se mesmo diante de um enorme abacaxi.

O mal de sempre é de que as carências começam a aparecer e, principalmente o dito poder público em todas as esferas, empurra o mal com o ventre. Seria de se dizer, a barriga. Mas reflete mal na redação e aqui se fala seriamente.

Quando não se vê providências por estas bandas, útil e oportuno o exemplo, raros exemplos, de comunas outras.

Sorocaba no caso.

Isolou diversas ruas e travessas do centro da passagem de veículos automotores. Providência lógica, porque, como se sabe, todos querem ir com seu carro até a porta ou apenas a alguns metros do seu destino. Bloqueado o miolo, aprende-se a utilizar as cercanias de regiões e bairros limítrofes e, em parte, se desafoga o excesso de veículos.

Isso, como se a abertura de estacionamentos, sem qualquer critério, não fosse refletir na aparência urbana das ruas e imóveis.

Seja este, então, por ora, um mero e ligeiro recado ou lembrete.

É preciso prevenir, porque com remediar apenas se protelam e se adiam as decisões.

Medidas corriqueiras e imediatas, provisórias contudo, caberiam, ao menos como tentativas e experiência. Entre outras, a de se postar um guarda de trânsito, nas sextas feiras à tarde e aos sábados de manhã, nas esquinas da Floriano, tanto com a Elias Lobo, como a Madre Teodora.

Isso tudo, enquanto não se decide pelo óbvio e evidente.

Não propriamente erigir o reclamado calçadão na Floriano, e sim por ora, como ainda simples atenuante, vedar o trânsito a quaisquer veículos, entre as dez e dezessete horas, da Praça da Independência (Largo do Carmo, exatamente desde a esquina da já mencionada Elias Lobo) até a Praça Padre Anchieta, bem como, por consequência, em toda a Sete de Setembro.

Crônicas de teor assemelhado já se fizeram inserir aqui, até com críticas e reparos de leitores e amigos. Com todo respeito, as providências não podem dormitar mais tempo.

Seria interessante, como item de reflexão, apurar-se a quantidade de veículos que mensalmente são licenciados e passam a integrar o trânsito local.

Ah! E cuidado com as motos, privilegiados meios de locomoção liberados do excesso de velocidade.

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