Por Que Não Escrevo Romances?
Sempre que me cai nas mãos um romance, pergunto a mim mesmo a razão pela qual nunca escrevi um.
Como em tudo na vida, há várias razões.
Romance não é meu tipo preferido de leitura. A não ser os grandes clássicos da literatura universal, não li quase nenhum.
Prefiro livros sobre História ou biografias. Prefiro coletâneas de cronistas. Prefiro livros sobre religião e Psicologia.
Desde que comecei a escrever, fui incentivado à objetividade. Sintetizar e simplificar eram os mantras nesse meu início.
Com o surgimento da internet, tal tendência foi intensificada. Nunca pude ser prolixo ou usar palavras complicadas demais em meus escritos.
Para escrever um romance, várias coisas são necessárias: dominar o idioma; ter grande poder descritivo; construir as personagens fisica e psicologicamente; conduzir bem a trama; ter um bom enredo; cadenciar os fatos e os momentos da história; elaborar um final aceitável.
Sinto mais prazer fazendo artigos e crônicas, sejam reais ou de ficção. Na verdade, acho que não tenho a devida paciência para elaborar um romance. Pode ser que isso mude com o tempo, quem sabe?
Não significa que desprezo os romances. Ao contrário: admiro quem consegue inventar um do começo ao fim com sucesso. E me surpreendo também com o tanto de gente (graças a Deus!) que lê muitos romances durante o ano.
Por enquanto ficamos assim: os romances no lugar deles e eu no meu, com breves e felizes encontros literários em tempos espaçados.