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Publicado: Segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Por uma união planetária

Por uma união planetária
um por todos, todos por um
As interferências do ser humano sobre o ambiente vêm ocorrendo há tempos. Mas foi a partir da Revolução Industrial, no final do século XVIII, que os processos de degradação se intensificaram. As noções de progresso e de desenvolvimento econômico que surgiram na época associava a natureza como fonte de recursos para o capitalismo que então surgia.
 
Com o conhecimento e a educação organizados em compartimentos e com a instituição da produção em série e em grande escala, típica do processo de industrialização, o indivíduo moderno foi vivendo progressivamente a perda da percepção das múltiplas conexões possíveis entre a natureza, o local onde se vive e de si mesmo. Assim, deixou de perceber a abrangência das relações e as conseqüências de suas atividades nos contextos em que atua e vive, tornando-se cada vez, mais distante um dos outros e da natureza e com isso abdica de participar, escolher e de criar.
 
Com isso nos parece que a vida humana no Planeta Terra prevalece com atividades destinadas às nossas satisfações. Durante toda a nossa existência vivemos em busca de alimentos, prazer e conforto. No entanto “estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro...” Preâmbulo Carta da Terra.
 
Na atualidade, a busca simultânea de eficiência econômica, justiça social e cuidados com o meio ambiente levaram a uma série de transformações políticas, econômicas, sociais e ambientais que impulsionaram o campo da educação ambiental.
 
Surgida nos debates ambientalistas dos anos 70, a trajetória da EA tem influência dos movimentos que reivindicam uma melhor qualidade da vida e questionam o capitalismo.
 
No cenário mundial, a EA é lançada oficialmente em 1972, na Conferência das Nações Unidas para o Ambiente Humano, em Estocolmo, Suécia sendo incorporada como ferramenta na construção de um futuro “sustentável”.
 
Dois importantes documentos base do campo da Educação Ambiental , produzidos no Fórum Global da Rio-92 são: A Carta da Terra e o Tratado de Educação Ambiental, finalizados na Eco92. O Tratado em seus objetivos define que a “educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade”.
 
A afirmação da EA como campo do conhecimento, projetos e ações, apontam para a pertinência das tentativas de diálogo, colaboração e aprendizagem entre os diferentes setores da sociedade como passos para a construção da cidadania e união planetária que segundo MORIN (2000) “...é a exigência racional mínima de um mundo encolhido e interdependente. Tal união pede a consciência e um sentimento de pertencimento mútuo que nos una à nossa Terra, considerada como primeira e última pátria”.
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