PPP – uma epidemia perigosa está nos rondando!

E aí ? Nunca ouviu falar da PPP na mídia ? Ouviu sim !!!! É a “PARALISIA POLÍTICO PROGRESSIVA” que está acometendo metade das cidades brasileiras.

Ela é seqüela de um vírus lento, imperceptível e mutante, chamado “lei de responsabilidade fiscal”

Na verdade, ele foi um vírus criado em laboratório,há mais ou menos uns 5 anos, com o objetivo raro de servir para combater vírus mais potente chamado corrupção ( talvez por fagocitose — que é a capacidade de uma célula engolir e neutralizar outra ), mas... a direção da pesquisa mudou e a situação ficou sem controle.

Durante os últimos 4 anos, quem sabia dessa virose andou quietinho no poder publico, fazendo o de sempre : gastos sem controle, licitações “esquisitas”, contratação de aliados, hipertrofia da maquina publica.

Somente com a catástrofe da eleição de 2005 — veja bem, chamo de catástrofe porque muitos governos mudarão de rumo como se tivesse pegado uma grande ventania — os atuais prefeitos estão sendo obrigados a rever suas contas e posturas e entregar a casa redonda ( sem dividas) — conforme previa o efeito curativo da lei de responsabilidade fiscal.

Foi aí que começou a grande epidemia, aonde o povo tinha experimentado a primeira dose de vacina ( o voto ) e exigido mudanças. A segunda dose tem efeitos colaterais horríveis ! Os municípios estão deixando de funcionar, estão desabastecidos, cheios de dívidas, dispensando funcionários, cortando telefone, luz, água, vale transporte... vai dizer que não anda vendo esse filme por aí ?

Eis a epidemia, a vitima é o povo ( para variar ), os que mais precisam dos serviços públicos essenciais (saúde, educação, segurança e habitação)

Não há justificativa ética pra essa penalidade às cidades, como se essa fosse uma situação criada agora . Não é ! Os prefeitos tiveram 4 anos para ajustar sua casa, reformular propostas de governabilidade, absorver grandes tombos ( como o corte no repasse do Fundo de Participação dos Municípios feito pelo governo federal )

Agora é tarde... os municípios estão fechando suas portas ao povo, deixando de cumprir seu papel regulador e tutelar, muitos deixarão de funcionar, muitos funcionarão sob plantão, muitos dispensarão funcionários, inclusive secretários de governo e muitos ficarão sem prefeitos. E deixarão como herança uma máquina desgovernada, sucateada, descrente, inoperante e pobre, muito pobre ! E esses prefeitos que saem agora ainda são os responsáveis pelo orçamento publico municipal para 2005, engessando propositalmente a próxima administração pra tentar dividir a responsabilidade insana dos erros cometidos.

Mas não tem nada não. O próximo ano deve ser muito difícil até que os futuros prefeitos consigam recuperar a saúde do coração administrativo. Haverão fortes impactos e conseqüências decorrentes dessa epidemia muda e cega.

O povo deve continuar acreditando nas vacinas e não nos milagres. Vai ser uma ano recheado de cidadania e parcerias, com objetivos comuns de credibilidade na restauração necessária.

Enxergar a epidemia é primeiro grande passo na saúde publica para se estabelecer o controle, medidas preventivas, curativas e novas vacinas. E creiam, existem muitos cientistas loucos que trabalharão na solução do problema. Não se esqueçam de comemorar a virada de ano todos juntos e vacinados pela primeira dose. Ouvi dizer que aglomerações públicas estão sendo uma grande descoberta da ciência política para o controle imunológico dessa epidemia!