Praça Pe. Anchieta
Após cumprir a rota turística típica de quem visita o Centro Histórico de Itu, as pessoas são tentadas a experimentar a parmegiana do Bar do Alemão e, depois, tomar um cafezinho nos arredores ou simplesmente caminhar para facilitar a digestão.
Em qualquer final de semana que formos para os lados da Rua Paula Souza, veremos essa cena. E, como parte desse hábito dos turistas, também iremos verificar que, muitos, optam por descansar nos bancos da Praça Padre Anchieta, mais conhecida por muitos dos ituanos como Praça ou Largo do Bom Jesus.
Particularmente, também a considero a mais aprazível de nossa cidade. Mas pouco se conhece de sua história.
O largo do Bom Jesus, ou Praça Pe. Anchieta, foi primeiro espaço ituano a ser arborizado. Porém, a sujeira das folhas e árvores geraram reclamações, o que fez com que seu processo de arborização fosse interrompido até 1920, segundo narra o livro “Paisagens de Itu e sua História”, de Carlos Gírio.
Na praça, está situado um busto de Bartolomeu Tadeu e, em frente a ela, encontra-se a igualmente charmosa Igreja do Bom Jesus.
Padre Anchieta: decifrando Tupi
Nascido espanhol, da cidade de Tenerife, nas Canárias, José de Anchieta (1534) tornou-se jesuíta e desembarcou no Brasil em 1553. Era fluente em português, tupi e latim e foi um dos fundadores da Vila de São Paulo, em 1554.
Sua figura ficou associada ao trabalho que realizava junto aos índios, protegendo-os dos traficantes e caçadores de escravos. É de sua autoria a primeira gramática Tupi, publicada em Coimbra (Portugal) em 1595.
Faleceu em 9 de julho de 1597, aos 63 anos, em Reritiba (hoje Anchieta) no estado do Espírito Santo.