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Publicado: Segunda-feira, 21 de julho de 2008

Praça Regente Feijó

Praça Regente Feijó
Ilustração: Regente Feijó
A Praça Regente Feijó localiza-se em um dos locais mais aprazíeis de Itu – em frente à Igreja Nossa Senhora do Patrocínio de do antigo Colégio/Convento das Irmãs de São José.

Atualmente, possui uma aparência moderna, mas certamente essa praça já foi palco de encontro entre personalidades ituanas que por lá passaram a pé no século XIX, bem como “viu” construções e casarões da época dos Barões do Café.

Os visitantes que optarem por passear pela praça Regente Feijó encontrarão a sombra de palmeiras, que ladeiam um caminho de pedra. Durante a semana, nos dias letivos, também poderão conferir que o local é ponto-de-encontro de vários estudantes que freqüentam o Complexo Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp).
 
Regente Feijó
Colégio Regente Feijó. Praça Regente Feijó...

O nome do padre e regente Feijó (ou, mais adequadamente, Diogo Antônio Feijó) está ligado de diferentes maneiras à história e a locais em Itu.

Isto porque o padre – que, futuramente, se tornaria regente do Império – morou em Itu, onde fundou a comunidade dos "Padres do Patrocínio", liderada pelo padre Jesuíno do Monte Carmelo. Ali ensinou filosofia, com grande influência do pensamento racionalista de Kant.

Em sua passagem pela cidade (vila, na época), foi membro da Câmara Municipal e trabalhou na aprovação de uma moção contra a Constituição de 1824 – que defendia a Monarquia Absolutista, com plenos poderes concedidos ao Imperador.

A história da vida de Feijó é incerta – alguns, apontam como filho de pais desconhecidos, outros, de Félix Antônio Feijó. Mas isso torna-se indiferente frente ao papel que desempenhou na história do Brasil-Império, durante o qual foi Ministro da Justiça durante a 2ª Regência Trina, criador da Guarda Nacional (tendo deixado o ministério em 1833) e do Partido Progressista (que deu origem ao Partido Liberal), e regente do Império a partir de outubro da 1835.

Feijó pode ser considerado uma figura ambígua – ao mesmo tempo em que fincou base em idéias liberais, tendo sido o fundador do Partido Progressista (que deu origem ao Partido Liberal) e lutado politicamente pela Abolição, combateu levantes contra o Governo Central do Rio de Janeiro, como a Cabanagem (Pará), a Revolta dos Malês (movimento escravo, na Bahia), Revolução Farroupilha (RS), entre outros.

Em 1839, presidiu o Senado do Império pela segunda vez, tendo ainda participado da Revolta Liberal de Sorocaba (1842), ocasião em que foi preso – e absolvido anos depois, em 1843, o mesmo em que viria a morrer.
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