Publicado: Sexta-feira, 15 de maio de 2009
Procurando Caminhos
Ao recomeçar o ano ajeitamos as mochilas de viagem e reencetamos a caminhada. Os caminhos à nossa frente são múltiplos e variados, a ponto de ficarmos confusos ou temerosos de nos enganarmos na escolha.
Há muito se diz que todos os caminhos levam à Roma, mas tenho a impressão – para não dizer certeza -, que há uma única rota recomendada e essa via é a que deve ser seguida para que a viagem não seja muito longa e percalços desnecessários sejam evitados.
O busílis da questão, porém, é um assunto “escatológico”, pois precisaríamos descobrir o que estamos fazendo no mundo. Seguramente não é só para trabalhar, desfrutar de prazeroso lazer (não se esquecendo que os sofrimentos existem durante toda a vida) e depois de algum tempo – longo ou breve -, sermos encerrados num sepulcro.
Os ensinamentos religiosos que nos foram transmitidos pelos nossos predecessores, falam de uma vida eterna pós a morte e que aqui estamos num campo de prova, desempenhando missões que nos foram confiadas.
A “caixa preta” a respeito do êxito ou fracasso dessas missões só será revelada no outro mundo, ou seja, quando partirmos definitivamente. Na expectativa dessa partida, aqui na terra travamos os mais desencontrados diálogos, inclusive aquele onde se afirma que todos os caminhos levam a Roma.
Quer-nos parecer que do mundo todo existem rotas para Roma e é evidente que, do imenso Universo não há apenas um caminho para lá se chegar. Mas, comparando-se as rotas às religiões, pode-se afirmar que o Cristianismo é o caminho mais seguro, a estrada mais ampla, moderna e rápida para se alcançar aquele desiderato.
Definido o caminho, já palmilhado há diversos anos, no recomeço de nova etapa, avaliamos a máquina, corrigimos alguns defeitos e após breve e salutar repouso vamos em frente.
Relemos o vademecum da viagem e, confrontando com o que se há passado, chegamos à conclusão que o homem é rebelde e relapso ao extremo, pois, com frequência, deixa de observar os preceitos recomendados.
Os acidentes do percurso são calamitosos, mas os “guias” ou “experts” tergiversam, escamoteiam, dizem que vai tudo bem e que a coisa até melhorou. Aquele assunto escatológico de que falo no início precisa ser levado mais a sério, inclusive para motivar a nova etapa da caminhada.
Precisamos nos dedicar, de maneira mais constante, ao estudo dos temas religiosos (e são tão extensos e profundos) e dos conhecimentos filosóficos embasados naquele célebre princípio tomista nihil est in tntellectu, quod prius non fuerit in sensu (nada está no intelecto, que não tenha passado primeiro pelo sentido), que serve para fortalecer e incrementar a fé.
As atividades que nos se apresentam, são como frutos à beira do caminho. Esperamos apenas que não sejam como as laranjas maduras na beira da estrada, das quais a velha canção diz, “ou estão bichadas ou têm maribondo nelas”.
O que não podemos esquecer de fazer é a filtragem das mensagens dos falsos orientadores e profetas que pululam neste tumultuado mundo.
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