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Publicado: Sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quando surge o alviverde imponente

Crédito: Evelson de Freitas/Folhapress Quando surge o alviverde imponente
Libertadores de 1999, a maior conquista do Verdão

Sou corintiano, não escondo isso de ninguém. Também não nego que essa ligação com o clube de Parque São Jorge interfere em meu lado profissional: sou jornalista corintiano, sem medo de declarar. Seria desnecessário comentar que também é difícil escrever qualquer palavra bonita sobre o Palmeiras, o maior rival do Corinthians. É praticamante impossível. Mas a data, o aniversário de 97 anos da instituição, merece algumas palavras sobre esse clube que engrandece o futebol brasileiro. Para isso, convoquei um amigo palmeirense para descrever a paixão pelo clube. Com a palavra, Everton Senna:

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!"

Quando li a frase acima, de Joelmir Betting, pela primeira vez, tive um daqueles momentos. Aqueles momentos, sabe? Em que tudo faz sentido. Quando todas as suas emoções são resumidas em um punhado de palavras e tudo parece preto no branco – digo - verde no branco, totalmente verde e branco.

Sou daqueles torcedores à moda antiga, não me lembro do exato dia em que me tornei palmeirense. Aliás, não me lembro de um dia sequer que eu não tenha sido palmeirense. Nasci assim e cresci assim, torcendo junto ao meu pai, aprendendo a cantar o hino mesmo sem entender o que aquelas palavras difíceis queriam dizer. Pensando bem, creio que o significado de cada uma das frases do nosso hino está enraizado em todo pequeno palmeirense, afinal eles já têm o principal requisito de nossa torcida: cantar e vibrar.

Hoje, me dirijo a você, irmão palmeirense. Não tentarei explicar nossa emoção, pois já compartilhamos dela e isso nos basta. Mas parabenizo-o pela escolha feita. Parabéns por todos os títulos conquistados – da Taça Rio de 1951 ao Campeonato Paulista de 2008. Parabéns por teres formado constelações de craques no mesmo time, como nos anos 90. Parabéns também por todas as lágrimas derramadas nas derrotas dos últimos tempos, elas nos tornam mais fortes e são prova de que o Palmeiras não precisa de títulos para ser grande.

Peço um minuto para juntos, fazermos um pequeno exercício de memória. Examine toda a história do nosso glorioso Verdão e verás que somente uma coisa esteve presente em todas as ocasiões: não foram craques, não foram técnicos, nem dirigentes, também não foram títulos ou medalhas; foi você, PALMEIRENSE, que esteve lá, mantendo a grandeza desse clube em cada segundo nestes 97 anos de vida. Como num casamento, estivemos juntos com o Palmeiras na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza. Até que a morte nos separe... isso se ela conseguir.

Parabéns, Palmeirense! Parabéns Palmeiras! E principalmente, OBRIGADO! Obrigado por todos os momentos em que coloriu minha vida de verde e branco!

Everton Senna

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