Que valores norteiam nossa vida?
O destino do mundo e do homem é a felicidade. Para isso Deus os criou.... e viu que tudo era bom....
A felicidade é nosso direito, mas nem todos conseguem atingi-la. Na verdade vivemos num mundo infeliz, insatisfeito, confuso.
Todo ser humano deseja a felicidade, mas procura-a nas coisas, nos lugares, nas situações, etc... e não a encontra... Não se dá conta de que, como disse Gandhi: “Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho”, caminho do amor, da justiça, da paz e da alegria, caminho que se identifica com o Reino de Deus.
Mas o homem prefere seus próprios caminhos, muitos deles opostos à felicidade, contrários à própria vida, caminhos de morte, de misérias e de mesquinharias humanas, caminhos de sofrimentos, de dor.
Cabe aqui perguntar: Por que nascemos, por que estamos aqui? Para onde iremos? Quem somos afinal?
Ou ainda: O que pretende o homem com tudo o que tem feito nesse mundo criado por Deus e entregue a sua administração? Que significado tem para si a vida do outro? Como tem usado seus dons e talentos herdados do Pai?
O que significam a natureza, a sociedade, a família, o trabalho, os bens, o dinheiro, o poder, a fama... ?
A felicidade do mundo depende da felicidade de cada um. A paz do mundo depende da justiça e da paz de cada um.
Na verdade, tudo depende dos valores que cultivamos, que semeamos e que praticamos, sejam eles valores naturais, humanos, sociais ou espirituais.
É claro que os primeiros valores a serem respeitados são os naturais. São os valores inerentes à mãe natureza, nossa casa. Criada por Deus e de extremo valor para a vida das Suas criaturas, sobretudo o homem. É como cita São Francisco em um trecho do Cântico das criaturas: “Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe Terra, que nos sustenta e nos governa, e produz frutos diversos e coloridas flores e ervas”. Mas, na sua ignorância o homem vem atacando a natureza de maneira predatória, como um parasita inconsequente.
A vida do homem está envolta em valores próprios, especiais, humanos. Amado por Deus, única criatura capaz de amar, o homem esquece até mesmo seus valores e sua responsabilidade perante a história. Esquece sua origem, por que está aqui e qual é o seu destino final. Vive encantado e iludido com os valores e os caminhos oferecidos pelo mundo, tornando-se frio e desumano.
Mas o homem não é uma ilha, foi criado para viver em sociedade, para se relacionar segundo os valores sociais, igualmente pautados na sua capacidade de amar, de servir, de pensar no outro, cuidando, promovendo...
Finalmente o homem não é só matéria, nem foi criado para o mundo terreno. Está aqui de passagem e seu destino final é o reino dos céus. Dotado de corpo e alma, deve observar os valores espirituais para que possa ter vida plena e feliz. Entretanto, dá máxima importância à vida material e vive como se Deus não existisse.
Assim, o homem criado para ser feliz, para fazer o outro feliz, para levar o mundo à felicidade plena, vive desiludido, angustiado com a complexidade e os fracassos do mundo, cada dia mais injusto e sem sossego, sem paz.
“...os homens sonham com esta vida em que tudo é vaidade, e assim não conseguem encontrar a verdadeira felicidade, que é o amor de Deus” (São Rafael Arnaiz Baron).
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