Quem? Qual?
Lembro-me de ter visto algures – televisão, imprensa escrita, internet – notícia de que, em termos de confiabilidade, teria o Brasil atrás de si não mais que quatro ou cinco nações, estas então quase todas de regime ditatorial. A ser verdade, seríamos a escória em termos governamentais e corrupção no âmbito internacional.
Mesmo assim, se apurada a verdade dessa nota inglória, qual brasileiro não iria corar de vergonha, no seio daqueles que prezam pelo seu conceito e respeitam o bem alheio?
Sim, porque – e isto também se há de dizer – não são poucos, maioria calada embora, os de bom conceito e caráter. E esse contingente não se insurge, aos menos às claras, contra os desmandos.
Já passou o tempo de que passeatas e panelaço nas janelas – só isso – seja o suficiente e demonstre brasilidade.
De pouco em pouco, vai-se saber aqui e ali, sempre mais de famílias inteiras de poderio econômico, a fixar-se no exterior.
O desmando, o espetáculo deprimente das discussões e decisões dúbias de alguns ocupantes do Supremo, vistos aqui e lá fora, são de uma vergonha ignominiosa. Parecemos terra de ninguém. Ali, pelo menos, para apreciadores isentos, dá bem para saber-se diferenciar o joio do trigo.
Se alguém imagina que o ato extremo de por cobro à violência e gatunagem no Rio de Janeiro, fora ato de bravura, só mesmo se for desavisado e distraído de vez. Pura encenação política que nem ingênuos seduz.
Aquilo hoje é praça de guerra, para desespero dos moradores. Adultos e menores vitimados de balas perdidas, dentro e fora de casa. Violência desabrida por desídia de governos sucessivos e centrados somente na gatunagem. Cancro nacional.
E, o pior.
Com eleições à vista, encontre um nome capaz e suficiente para retroagir o Brasil da desordem para a ordem.
Quem? Qual?