Quem somos? Onde estamos? O que nos espera?
Em Itu, a inércia, inanição, desinteresse – e se tudo isso não for – a inadequação então que seja, da parte dos senhores políticos, realmente assusta.
Descaso que chegou às raias do absurdo, do inadmissível.
É justamente por isso que já causa asco o fato de apenas visualizar rostos sorridentes de candidatos em panfletos, como se amigos e próximos fossem dos eleitores. Continuará o eleitor a se caracterizar como boneco, se reincidir em cair nesse engodo clássico.
É tão desanimadora a situação que se poderia recomendar que votos fossem atribuídos aos candidatos de outras regiões e cidades, eis que os que por aqui pedem apoio, esses não provaram que se preocupam deveras com a população. Entretanto, quem falou que mesmo noutras plagas existam políticos na acepção pura e legítima do vocábulo?
Somem-se nesse aspecto os favorecidos com votos por exclusiva questão de filiação a credos e religiões, de eleitores fixos mas certamente desavisados e de mero interesse, em que se lhes premie com a prosperidade vinda dos céus.
Quanta hipocrisia nos afagos e cumprimentos falsos e de ocasião, além de que buscam muitas vezes locupletar-se no exercício dos mandatos. Ricos da noite para o dia.
Curiosamente, no seio da sociedade como tal, todos vislumbram e sabem existirem nomes impolutos, aptos a representar seus concidadãos. Esses, contudo, não se animam, não se sentem encorajados e teriam até vergonha de que, uma vez candidatos, o eleitor menos atento os considerasse no mesmo plano dos políticos tradicionais, aproveitadores contumazes. Um fenômeno que Ruy, de longe, já assim o dissera.
Mais uma prova local da imobilidade verificou-se em julho – a cidade em escancarada situação de calamidade pública, de fato, notória e ostensiva, enquanto a Câmara... de férias!
Com a devida vênia, é de se transcrever o dito pela jornalista Fernanda Oliva (JP, 02.8.14):
“Itu está parecendo terra de ninguém. Ninguém se manifesta, ninguém mostra a cara, ninguém quer aparecer, ninguém quer correr o risco de ser sabatinado.”
Por isso mesmo, é de realmente se questionar:
Quem somos? Onde estamos? O que nos espera?