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Publicado: Quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Respeito e bom senso

A mídia comentou ter havido estudos quanto à conveniência ou não de continuar a Praça da Bíblia (logradouro defronte o Cemitério Municipal), a servir de área para aulas ministradas a candidatos interessados em obter sua Carteira Nacional de Habilitação, em termos mais diretos, futuros motoristas. Medida oportuna, até que demorou muito tempo para que tal assunto fosse suscitado.

Ambulantes e bancas de pequeno comércio do centro da cidade, foram há pouco transferidos para uma quadra de menor afluência de veículos. Não se resolveu a pendência, mas foi ao menos amenizada a ocupação aleatória de espaços públicos.

Criado finalmente, já ganha aspecto condizente com sua denominação apropriada, o chamado Parque dos Exageros, ou algo parecido. Bom mesmo será quando a totalidade das ingênuas figuras descomunais deixarem de vez a praça da Matriz e adjacências.

Todas essas medidas sinalizam na preservação do nome da cidade de Itu, ora merecidamente estendido à condição de  estância turística. Há muito que se apreciar e admirar nesta urbe histórica, impregnada de glórias e das mais antigas do país, quatrocentona com todos os méritos. Tradição religiosa, acentuada nos hábitos conservadores do seu povo, Igrejas seculares, além de uma Matriz a merecer sem favor ser citada como verdadeira catedral. É uma pena – e dói mesmo – constatar que o desaviso das autoridades nâo sinalizado a tempo pelas pessoas da época, permitiu a derrub ada do impressionante complexo arquitetônico de casas e sobrados, postos a baixo, um a um. Veio muito tarde a reprimenda oficial a esse autêntico crime de lesa-patrimônio, a restar agora somente uma ou outra edificação do passado.

É por tudo isso que destoa atualmente – uma quase afronta – que constantemente se ofusque aos próprios filhos da terra, mas principalmente aos turistas, a magnífica paisagem  com que a Igreja e o Convento do Carmo emolduram a Praça da Independência.

Palcos enormes e de aparência desagradável, em muitos finais de semana, são ostensivamente erguidos exatamente na frente de uma das mais tradicionais igrejas da cidade. São montagens em geral de mau aspecto e nelas se entremeiam espetáculos de boa qualidade com outros nem tanto. Não se fale então da barulheira infernal.

Se a própria comunidade carmelitana viesse a solicitar que o absurdo não mais se repetisse, certamente que a população viria em seu apoio. Evidentemente que inexiste má intenção na fixação constante desses palanques, mas, sinceramente tudo se resume a uma flagrante falta de respeito e consideração. Não há maldade. Descuido sim, inquestionavelmente.

Como se assevera neste comentário, a religiosidade popular é marca relevante da gente ituana. O Carmo e os amigos do Carmo, a comunidade fiel que frequenta esse templo tãoquerido de todos, certamente apreciariam a sensatez de um gesto que elimine em definitivo esse despropósito

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