Publicado: Quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Rever e Praticar os Mandamentos
Desde menino ficava intrigado com os problemas da vida. Achava bom ir à escola, brincar nos recreios e, no final de semana ir às matinées, principalmente para assistir os seriados do Flash Gordon, Jim das Selvas, etc.
Naquele tempo ainda não existia televisão no Brasil e assim, as distrações eram mais limitadas Nas aulas de religião nos informavam que iríamos ter outra vida após a morte e poderíamos ser condenados ao inferno se, ao morrer, tivéssemos cometido pecado mortal e dele não nos encontrássemos arrependidos.
Com a carga de informações advindas das aulas de religião preocupava-nos muito a freqüência das confissões (o que era fácil pela abundância dos confessionários e oportunidades), mas deveras fiquei satisfeito com a preleção de um grande professor de religião (irmão marista) que, entre outras coisas, ensinou: “para se ganhar o céu basta observar os mandamentos.” Isso escrevi no ano 2.000, há cerca de oito anos.
Na atualidade, noto com tristeza que os confessionários quase desapareceram, inclusive as filas dos penitentes que eram feitas, tanto era o interesse para delatar os pecados que, hoje, se reavaliados, os consideraríamos como “pecadilhos”, lisonjeando a vaidade de não termos sido, na época, tão pecadores.
A confissão representava verdadeira terapia, pois além do desabafo (delação dos pecados ou erros), recebíamos conselhos para evitá-los ou corrigi-los. Comungando posteriormente, observando as regras do jejum eucarístico, sentíamos-nos aliviados e julgávamos esses sacramentos como verdadeiros caminhos da santidade.
Nos dias que correm, como aumentou o números das pessoas que recebem a comunhão, talvez por ter sido minimizada a exigência da confissão, ter-se-ia a impressão que o aperfeiçoamento ou a santidade dos fiéis também aumentassem. Chocante decepção. As Igrejas, ao que se constata, nas missas de preceito, de um modo geral, não se encontram lotadas (salvo as de pequeno espaço físico) e não se observa melhor cristianização dos ambientes.
Pela minha ótica, talvez presbítica, concluo que a maioria se sente feliz, com o abrandamento àquelas antigas exigências, porém constato que tais inovações em nada faz diminuir a revolta dos menos favorecidos e é induvidoso que os desregramentos morais cresceram ainda mais.
Portanto, precisamos rever e por em prática a observância aos dez mandamentos, porque não nos devemos esquecer que a cada dia que passa nos aproximamos mais da destinação que nos foi reservada: outra vida, que será eterna. Como precisamos terminar a crônica, deixamos para o prezado leitor juntar os espaços vazios, transcrevendo o trecho final daquele texto, referido acima, escrito no ano 2000: “Os cristãos que lêem a Bíblia encontrarão em Levítico, cap. XXXVI, versíc. 14 e seguintes o que devia acontecer para quem não observasse os mandamentos.
Citarei apenas algumas referências mais sugestivas: sofrereis indigência; as sementes serão semeadas em vão, “caireis diante de vossos inimigos”, o “ruído de uma folha volante os aterrará e fugirão dela como de uma espada” e assim por diante. “Tudo nos leva a concluir que, apesar da redenção, o mundo anda tão mal porque o homem não observa os mandamentos como devia”.
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