Roda Mundo e Sorocaba Globalizada: Internacionalização da Região
Este artigo foi escrito em parceria com o escritor Mário Pereira Neto
O livro "Sorocaba Globalizada" (do escritor Mário Pereira Neto) mostra a importância da região no contexto nacional e internacional, com dados sobre empresas, entidades, pontos turísticos e culturais, além de informações de educação, tecnologia, saúde, eventos e agronegócio. A antologia Roda Mundo 2006 (organizada pelo escritor Douglas Lara) reuniu em inovador sistema de cooperativa, os escritores e poetas de diversos países, divulgando autores locais e apresentando estrangeiros. Com lançamentos dentro da segunda Semana do Escritor de Sorocaba, essas duas publicações tem objetivos comuns.
Algumas pessoas encaram a Globalização com hostilidade e até medo, por considerarem que suscita uma maior desigualdade dentro de cada país, ameaçando o emprego e o progresso social. A grande maioria porém, hoje já considera que ela é um processo benéfico, uma chave para o desenvolvimento futuro no mundo, inevitável e irreversível. É um fenômeno decorrente dos avanços tecnológicos que permitem a transmissão de informações, com uma extrema rapidez, de uma parte a outra desse Planeta.
Com a moderna revolução das Comunicações, o processo de Globalização tornou-se mais rápido e abrangente: envolve não só Economia, Comércio e Capitais, mas também Telecomunicações, Direito, Finanças, Serviços e Cultura. A antologia Roda Mundo 2006 é um vivo exemplo, reunindo os textos nas línguas portuguesa, italiana, inglesa e espanhola, que expressam um deslocamento da literatura através das fronteiras internacionais. Mesmo com quatro idiomas, logicamente o português prevalece na obra.
É a cultura desde Sorocaba sendo exportada e importada, ao mesmo tempo. A segunda versão do projeto "Roda Mundo", reuniu 43 autores residentes na Alemanha, Austrália, Angola, Bélgica, Chile, Peru, Portugal e Suécia, além de 11 Estados do Brasil. Significa como a Globalização integrar os mercados em nível mundial no sentido de que um produto, independente de sua origem ou procedência, possa estar sendo oferecido para o consumo em qualquer local do globo terrestre, resultado da inovação humana.
O primeiro passo no processo de criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi em São Luís do Maranhão, em novembro de 1989, com o primeiro encontro dos 7 dirigentes dos países de Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe. Nessa ocasião, criou-se o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), para promoção e difusão do idioma. Em 17 de julho de 1996, em Lisboa, realizou-se a Cimeira dos Chefes de Estado e Governo, surgindo a nova entidade.
Apenas 6 anos mais tarde, em 20 de maio de 2002, com a conquista da independência, Timor-Leste tornou-se o oitavo país membro. A CPLP assumiu-se, assim, como um novo projeto político cujo fundamento maior é a Língua Portuguesa, vínculo histórico e patrimônio comum dos 8 países irmãos, que constituem espaço geograficamente descontínuo, mas identificado pelo idioma único. Esse fator de unidade já tem fundamentado no plano mundial, a atuação conjunta mais influente, objetivando maior cooperação social, cultural e econômica.
Para a valorização e difusão do idioma dos “8”, o papel crescente que vem sendo exercido pelo mesmo Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP, sediado em Cabo Verde, assim como pelo Secretariado Executivo da CPLP na sede da comunidade em Portugal (Lisboa), que vem desenvolvendo uma rede de parcerias voltadas para o lançamento de novas iniciativas nas áreas da promoção, difusão e inserção globalizada da língua comum. O português é na atualidade a quinta língua mais usada em todo o mundo.
A Estação da Luz, que recebeu os primeiros imigrantes em São Paulo, abriu suas portas para se viajar através das palavras. No coração da metrópole, um Museu proporciona uma viagem sensorial e subjetiva pela língua portuguesa, guiada por expressões, autores e estrelas do Brasil. O novo Museu da Língua Portuguesa é ponto de encontro com a língua, literatura e história. Ao invés de paredes, vozes. No lugar de obras, espaços interativos. Além dos recursos multimídia, auditório, centro de estudos e biblioteca. Foi inaugurado em março de 2006.
Após essa viagem pelo universo do nosso idioma, o conteúdo das novas publicações “Roda Mundo” e “Sorocaba Globalizada” devem interessar aos profissionais e estudantes de qualquer formação, bem como para as empresas (micros, pequenas, médias, grandes e multinacionais).
São contribuições da cidade que completa os seus 352 anos de vida, ultrapassando históricos ciclos de desenvolvimento: “Bandeirantismo”, “Tropeirismo”, “Manchester Paulista” e “Educacional”. Tudo pela nossa cultura e língua na Economia do Conhecimento no século XXI.