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Publicado: Segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Rua Joaquim Borges

Talvez as pessoas menos familiarizadas com o cotidiano da cidade não saibam, mas a rua Joaquim Borges tornou-se, hoje, uma referência em termos de desenvolvimento e novos negócios.
 
Continuação da Rua dos Andradas, a rua abriga a Maternidade da Santa Casa de Itu, vários estabelecimentos comerciais, laboratórios de análises clínicas e os fundos da Associação Atlética Ituana.
 
Para quem deixa a cidade rumo a Sorocaba, a via é um dos caminhos alternativos para deixar Itu, desembocando na Avenida Prudente de Moraes, outro pólo de desenvolvimento e comércio da cidade.
 
O dinamismo de seu dia-a-dia faz com que o nome a ela atribuído, que homenageia Joaquim Bernardo Borges, seja totalmente coerente.
  
Joaquim Borges – De Portugal para “fazer a vida” no Brasil 
Atuante social e intelectualmente. Assim pode-se definir, em breves palavras, o português Joaquim Borges, natural de Vila Martin, e que desembarcou no porto de Santos aos 15 anos com o intuito de “fazer fortuna” – assim como muitos outros estrangeiros que vieram ao país, então colônia, no século XIX.
 
Itu foi o destino escolhido para sua empreitada e, chegando à vila, trabalhou na loja de fazendas de João Batista de Macedo na antiga Rua Direita (Paula Souza).
Depois de trabalhar como caixeiro viajante, Borges acabou se envolvendo com o negócio do algodão, cuja produção estava em alta no Brasil em virtude da Guerra da Secessão nos EUA.
 
Trabalhando para Manoel Russo, Borges ficou responsável pelas negociações do produto, viajando constantemente para a vizinha Porto Feliz. Quando seu patrão morreu, montou seu próprio negócio – na então Rua do Comércio – trabalhando com compra e venda de chá e algodão.
 
Com grande “tino comercial”, não demorou para ver seu sonho se concretizar – o de fazer fortuna no Brasil.
 
Em 1875, já bem estabelecido, mudou-se para São Paulo e, depois, retornou a Portugal, onde morreu em 1921. Antes de falecer, deixou, em testamento, uma doação de 4.455:024$000 à Santa Casa de Misericórdia de Itu com o objetivo de que se fundasse e mantivesse o Instituto Borges de Artes e Ofícios e uma Maternidade.
 
O instituto foi erguido na Praça Conde de Parnaíba, seguindo projeto de Ramos de Azevedo, e inaugurado oficialmente em 1924.
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