Rua Madre Maria Theodora
Além da arte barroca e de sua participação destacada no contexto histórico da Província de São Paulo e do Brasil, Itu também tem seu nome associado à religiosidade de seu povo e suas idificações regiliosas.
Por isso, a Rua Madre Maria Theodora ganha espaço no coração dos moradores da cidade, se não pelo seu tamanho ou movimento, pelo menos pela personagem que dá nome à via.
A Rua Madre Maria Theodora liga o acesso ao condomínio Portela (um dos mais tradicionais de Itu) e ao Bairro Brasil ao centro da cidade, cortando a Avenida Marginal e cruzando várias ruas centrais importantes, como a Santa Rita, Santa Cruz e Floriano Peixoto.
Ou seja, trata-se de outra importante via de ligação de bairros à porção central da cidade.
Madre Maria Theodora: “Façamos o maior bem que pudermos, da maneira mais oculta possível”.
A grande maioria dos ituanos pode não fazer a mínima idéia de quem é Luiza Josefina, mas, certamente, sabem ou já ouviram falar de Madre Maria Theodora Voiron.
Nascida na localidade francesa de Chambéry em 6 de abril de 1835, viu-se órfã de mãe aos 10 anos, assumindo o cuidado de seus outros irmãos, pois era a primogênita da família.
Sua mãe foi uma das maiores responsáveis pela introdução de Luiza à religiosidade e, após seu pai ter se casado pela segunda vez, ingressou para o Noviciado das Irmãs de São José, onde acabou se envolvendo com o atendimento de pessoas carentes, sobretudo durante a epidemia de cólera em 1854.
Aos 23 anos, foi designada como missionária para um país sulamericano, o Brasil, mais particularmente para a religiosa Vila de Itu, onde assumiu a coordenação do Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, até hoje um dos mais conhecidos da região e do estado.
Aí começam algumas convérsias na vida de Madre Theodora, seu nome religioso: recentres estudiosos de sua vida destacam sua personalidade difícil; outros, justificam o fato pela adaptação a um país totalmente diferente da França: pobre, quente, com uma cultura basicamente lusitana/provinciana e negra. Também foi um período
Porém, manteve seus trabalhos e acabou criando o primeiro internato para educação de jovens (mulheres) do país, ficando à frente do colégio por mais de 60 anos.
Idosa, em 1920 sofreu uma fratura no fêmur em virtude de uma queda, o que acabou imobilizando-a em uma cadeira de rodas. No ano seguinte, demitiu-se do cargo de Provincial e veio a falecer em 1925, no dia 17 de julho. Foi enterrada no Cemitério da Comunidade, no antigo Colégio Nossa Senhora do Patrocínio.
É dela a autoria da frase “Façamos o maior bem que pudermos, da maneira mais oculta possível”. Uma lição de humildade, principalmente em uma época em que a Igreja dispunha de muito poder – político, religioso e econômico.