Colunistas

Publicado: Terça-feira, 25 de março de 2008

Ruas por onde andamos: Rua García Moreno

Ruas por onde andamos: Rua García Moreno
Itu homenageia presidente equatoriano
 
Talvez pouco conhecida pelo nome, mas, certamente, uma das vias mais transitadas por pessoas e veículos no centro antigo de Itu, a rua García Moreno era a antiga rua 24 de outubro e, hoje, liga o Largo do Carmo (Praça da Independência) ao Largo do Quartel (Praça Duque de Caxias).

A denominação de 24 de outubro faz alusão à data do início da Revolução de Trinta (1930), quando o então presidente Washington Luís foi deposto e, em seu lugar, Getúlio Vargas assumiu o poder.

Dessa forma, a mudança para um nome que homenageia uma personalidade estrangeira deve ser, no mínimo, bem justificada. Controversas à parte, de fato, Gabriel García Moreno foi uma personagem histórica importante em seu país, o Equador, no ido século XIX.
 
Fora reitor da Universidade de Quito (capital) e nela também lecionou Química e Física, além de ter conhecimentos nas áreas de Medicina, Literatura e Teologia. Sua postura política e cultura incomodaram, à época, o então presidente, general Urbino, que o desterrou.
 
Contudo, em 1861, García retornaria ao seu país, assumindo o Governo. Posteriormente, tornou-se ditador. Entre suas maiores plataformas esteve a aproximação do Estado com a Igreja, processo durante o qual combateu as idéias Liberais então em voga no país.
 
Foi assassinado em 1875, após sair de uma comunhão e assistir a um velório, em frente à Catedral de Quito. Antes de morrer, pronunciou a frase: “Dios no se muere” (Deus não se mata).

Após sua morte, ficou conhecido como “Pai santo do Equador”.
Comentários