SALA NA COPA - A Taça em boas mãos
Sem dúvida foi uma das finais de Copa mais chatas da história, pelo menos para quem não era holandês ou espanhol. Mas como simples jogo a partida foi sonolenta na maior parte do tempo, com um ou outro lance mais perigoso de ambas as partes surgindo de vez em quando.
A Espanha dominava a maioria das jogadas, graças ao bom toque de bola que foi traço característico do time na competição. Acuada, mas não menos perigosa, a Holanda retrancou-se. Ficou mais preocupada em parar o ataque espanhol com faltas violentas do que propriamente em responder atacando.
Os holandeses bateram recordes de número de faltas cometidas e de cartões amarelos tomados. Como na Copa passada, um jogador acabou expulso na segunda etapa da prorrogação. Carrinhos, entradas violentas e pés altos foram constantes, com destaque para o chutão no peito de um espanhol no meio do jogo.
O gol de Niesta salvou a pátria espanhola. Gol mais que merecido. Justo Niesta que, antes da Copa, estava meio desacreditado e evoluiu durante o mundial. Graças a ele a Espanha finalmente conquistou uma Copa do Mundo. E pela primeira vez um goleiro ergueu a taça como capitão, colocando o nome de Casillas na história.
Campeã da Eurocopa, a Espanha agora é campeã mundial. Cravou sua primeira estrelinha na camisa. Por tudo o que representa o futebol espanhol, com seus jogadores, clubes e campeonatos tradicionalíssimos, a Copa do Mundo ficou em boas mãos. Afinal, na Holanda temos o Ajax e quem mais?
Como bom torcedor brasileiro, não posso terminar esta série gigante de artigos sem dizer ironicamente que, se o Brasil não ganhou a Copa, o azar é da Copa. E lembrar Mané Garrincha, após o bicampeonato na Suécia em 1958: “Campeonatinho mixuruco... nem segundo turno tem!”.
Em 2014 o barulho todo é por aqui. Quem viver, verá.
- Faça seu comentário e mande sua sugestão de assunto para o artigo seguinte!