Sem assunto
Oi amigo.
Mas assim mesmo, com uma crônica sem assunto, sujeita a não ter começo nem fim adequados, mesmo assim você vai ler?
Deve ser daqueles amigos que param a gente na rua para comentar que leu um e outro artigo e que todas as semanas vem a este pedacinho do jornal ou deste site. Se for desses – ou se não for – fique registrado o agradecimento aos primeiros e um bom dia a todos indistintamente.
Costuma se dizer que na falta do que falar, entre dois estranhos, automaticamente a conversa deriva para o clima. Calor hoje, não? Será que chove?
Esta percepção, de que o clima abra caminho até para novas amizades, se constata com precisão maior nestes dias gelados, de um inverno que se antecipou. Ruas do centro ou dos arredores, após as vinte horas mais ou menos, ficam praticamente desertas. Se eventualmente sair por aí, por qualquer necessidade, eventualmente poderá encontrar desabrigados sob marquises ou na calçada de uma vez. Nesta hipótese, não receie nem titubeie de avisar, seja a GCM ou a PM ou mais precisamente acionar viatura dos zelosos bombeiros, mas não deixe a pessoa ali abandonada. Nestas horas, não se há de perguntar de suas origens, se trabalhador sem sorte e desvalido ou se com pouca recomendação no seu currículo. São pessoas. Gente.
Vai distante a era – anos setenta – em que os moços e senhores do Movimento de Cursilhos, no inverno, se distribuiam em grupos à noite e recolhiam os indigentes. A PM à época sempre se mostrou solicíta quando se lhe pedia levar o indigente ao Albergue ou para a Vila Vicentina, que tinham um solícito atendimento para tais casos. Isso se fazia das oito até dez da noite, aproximadamente. Outros tempos.
De alguns nomes, ainda é possível lembrar. Certa feita, para citar um caso apenas, capitaneados pelo sr. Luiz Nunes, procedeu-se ao recolhimento de toda uma família, que se abrigara por debaixo da ponte do Guaraú, naquela da curva da Otaviano sentido Estação, vizinha da então Taperá. E episódios desse teor se repetiam praticamente durante todo o tempo de frio mais rigoroso.
Tema que vai voltar aqui sempre, - a boa vizinhança atual entre saltenses e ituanos, - é possível prever as excelências de como poderão visitar-se como quase vizinhos de quarteirão. Em meio às obras de construção de mão dupla de direção na rodovia que liga os dois municípios, procedeu-se a uma caprichada recuperação também da estrada dita velha. A fusão das duas urbes é ocorrência para muito breve a se efetivar.
Já se referiu esta coluna mais vezes, ao sonho do vereador e ex-presidente da Câmara de Itu, o saudoso professor Corintho Galvão de Toledo. Lançara ele um movimento a que dera a denominação de UISP, segunda metade da década de cinquenta, com cartezes pela cidade e adesivos nos veículos: União Itu-Salto para o Progresso. Ele tinha razão. Foi considerado visionário e agora seu ideal vai se realizar.
Os jornais noticiam e não se sabe que percentual de cidadãos percorrem suas páginas. Não haverá, nem por isso, de passarem desapercebidos o formidável trabalho e as constantes melhorias que a ASSATEMEC realiza em prol da música e da cultura em geral. Sobretudo no acolhimento de menores carentes, que admiravelmente se familiarizam com os intrumentos, numa escola de primeira qualidade, cuja direção prima pela confiança e vige sobretudo pelo coração. No plano educacional, pois, uma das mais felizes iniciativas promovidas em Itu. Bom frisar também que essa associação se prende em estreito contato com o Conservatório de Tatuí, escola estadual superior de música.
Ficou prometido que uma obrigação seria cumprida exatamente a partir das 8h30. Como também não se gosta de esperar em demasia, que se feche nesta altura o papo da semana, com repetida gratidão a quem se fez presente até aqui.
Bom domingo e, desde já, para a semana vindoura, uma participação de muita espiritualidade nas cerimônias do dia de “Corpus Christi”, que se situa numa das mais celebradas da liturgia religiosa da cidade.
Ufa!
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- bernardo campos