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Publicado: Quarta-feira, 11 de abril de 2012

Semana Santa e ovos de chocolate

Precisamos escrever sobre aquilo que gostaríamos de ler, ver, ouvir nos meios de comunicação e percebemos absoluto silêncio a respeito. Então, estamos exemplificando mais uma vez, como agem as forças contrárias a que nos referimos em textos anteriores.

Aliás, essas forças que sempre existiram tomaram impulso com os pregadores do racionalismo cristão, aqueles que se utilizam do que consideram interessantes do Cristianismo para difundir suas idéias materialistas ou mundanas.

Assim, notam os amigos leitores que tais racionalistas boicotam os vocábulos “semana santa”, os substituindo (ainda meio contrariados) por “feriados da páscoa”. A tal semana santa, portanto, virou um imenso feriadão para se viajar, passear e ingerir chocolate, consubstanciado em simbólicos ovos, de todos os tamanhos, marcas e variedades.

Aproveitando a oportunidade, aliás, fazemos breve síntese de algumas das ações desses “racionalistas” (que procuram convencer os frágeis cristãos dos nossos tempos a passar para o time deles): no Natal valorizam cada vez mais a presença do Papai Noel, obscurecendo a figura do Menino Jesus; no dia 12 de outubro dia de N. Senhora Aparecida e descoberta da América optam por ser o dia da criança, com abundante propaganda de se presentearem as crianças. No dia das mães estão preferindo ressaltar a grandiosidade da maternidade das mães solteiras e adolescentes cujos pais são incertos e desconhecidos.

Retornando para escrever essas caprichadas linhas deparo com a revista Metrópole, anexa na edição do principal jornal de Campinas (1º/4/2012), destacando na totalidade da primeira página título da reportagem sobre a importância do consumo do chocolate! Em pleno Domingo de Ramos, esse texto que não li (apenas as chamadas), insinua ser a Páscoa o tempo em que mais se consome chocolate!

Portanto, seguindo o raciocínio do parágrafo anterior os “racionalistas” pretendem substituir o domingo de Páscoa por domingo do “ovo de chocolate”! Sobre a essência da Semana Santa e da Páscoa essa revista não traz nada, mas abundam referências sobre comilanças, restaurantes, qualidade de vinhos et caterva. Dirão eventuais defensores desses temas que a não revista aborda assuntos de caráter religioso, pois não se enquadram em seus objetivos de comunicação, absolutamente laicos.

Assim, “la nave vá”. Vão derribando todos os princípios religiosos e no materialismo crescente, inutilmente procuram soluções para os terríveis males que afligem a sociedade atual, com destaque para a crescente violência e corrupção.

Temos de nos conformar e, nas contínuas orações, apelar para a misericórdia Divina que não nos abandone, para isso relembrando aquele diálogo balsâmico para nós pecadores, de Abraão que indaga a Deus sobre o número dos justos (vai diminuindo de 50 até chegar a 10) existentes para justificar o não extermínio de Sodoma, cidade pecadora. Responde-lhe Deus: mesmo que haja apenas 10 justos, não a exterminarei (Livro do Gênesis, cap. XVII, vers.22 a 30). Feliz Páscoa aos prezados amigos e leitores.

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