Semelhantes no Amor!
Parece que na vida tudo separa as pessoas, fomenta apenas as diferenças e as acentua maldosamente: profissão, classe social, aparência, religião, idade, estado de saúde. Esquece, inclusive, que a diversidade de dons e talentos é positiva... A sociedade explora tudo isso para discriminar, dividir, excluir, comparar..., o que dificulta a harmonia e a paz.
Deus é diferente... somos todos irmãos e merecedores de seu amor, de sua misericórdia... sua atenção e carinho... No seu colo cabemos todos, sem exceção...
Vejamos o exemplo de São Pedro e São Paulo: pessoas muito diferentes nos aspectos social e cultural, no caráter e no temperamento. O Amor de Cristo transcendeu suas diferenças pessoais, “aproveitou” os dois e os transformou nos pilares da nossa Igreja.
Seria, afinal, possível igualar as pessoas quanto ao tratamento, às oportunidades, ao direito à vida plena e à felicidade?
Sim! pelo Amor!
Inveja, ciúmes, disputas, ódio, orgulho, vaidade, egoísmo, individualismo, prazer, paixão, são condutas comuns entre os humanos... Nenhuma delas aproxima as pessoas, seja em valores, direitos, dignidade. Ao contrário, são causas de divisão, separação, disputa, concorrência, uso, exploração...
Certamente esse mundo nada tem de semelhante ao que Deus nos propõe...Um Reino onde o Rei é Deus e a lei é o Amor. Um reinado verdadeiramente democrático... onde o Rei é verdadeiramente Pai de todos, onde não há dominador e dominados, onde não há súditos e sim filhos... onde se “governa” com o povo e para o povo... Uma “civilização do amor”!
Assim, é muito triste e desanimador constatar que a única “força” de que o homem dispõe para mudar o mundo está em desuso. O amor é incompatível com o que vemos em nosso meio. Armas poderosas, interesses maciços estão massacrando o amor. Instala-se entre nós uma séria crise de valores, de direitos, de respeito. Queiramos ou não, percebamos ou não, o mundo enveredou por caminhos perigosos...
Entretanto, só o amor nos torna semelhantes a Deus, aptos a realmente enxergar nosso irmão como irmão, como nosso próximo. É evidente que nossas diferenças serão mantidas, pois fazem parte da nossa identidade, mas ganharemos corações mais humanos, capazes de compreender, de ter compaixão, e de perdoar. Corações capazes de entender e aceitar as diferenças do outro e que seus direitos fundamentais são sagrados e precisam ser respeitados e valorizados.
Só com corações que amam podemos transformar os seres humanos numa grande família de irmãos, tornando realidade a justiça e a paz.
Precisamos preencher nossos corações com Amor, impedindo que seja ocupado por forças inimigas, responsáveis pelas maldades que bem conhecemos.
Cristo dedicou sua vida para a conversão dos corações humanos. Façamos também nós a nossa parte!
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- valdomiro carezia