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Publicado: Segunda-feira, 1 de junho de 2009

Separação! Será que pensaram bem?

O cristão precisa ser forte e não se deixar levar por “valores” que enfraquecem as relações entre um homem e uma mulher.
 
Estamos assistindo a um verdadeiro festival de separações. Parece impossível conhecermos uma família que esteja livre dessa epidemia.
 
Por que os casamentos deixaram de “ser para sempre”? Muitos terminam tão rápido quanto começaram. Será que tiveram tempo para pensar, ou tudo começou de repente?
 
Na verdade, lá atrás, não deram ao casamento a atenção que ele merecia. Ignoraram sua complexidade, e não valorizaram o projeto e o sonho mais bonito do ser humano: ter o seu ninho, formar uma família. Acabaram casando de repente, sem mais nem menos; não se prepararam, não cuidaram... Foram para uma aventura, despreparados, sem saber ao certo o que iria acontecer, o que iriam enfrentar. Sem armas e sem recursos acabaram sufocados por surpresas, dificuldades e desencantos.
 
Esqueceram-se de planejar, de prever e de se prevenir. Esqueceram-se de pensar que o casamento é grandioso demais para ser simples e fácil; não pensaram que é um caminho sem volta. Não tiveram a coragem de apostar tudo no sucesso e zero no fracasso; a nova vida tem que dar certo porque essa é a vontade, o querer de ambos.
 
Casamento é coisa séria, p'ra valer e p'ra durar e engana-se quem acha que pode ser desfeito sem consequências, que é possível restaurar a situação de solteiro ou solteira e começar tudo de novo. Isso só vale para novelas e para artistas, personagens da mídia e das revistas; estes não “aprenderam” a pensar no antes nem no depois. E quantos vivem infelizes por causa disso... quantos recorrem aos analistas e até às drogas...
 
Queira ou não nossa fria sociedade, os valores ainda são os mesmos, as verdades que norteiam a vida, especialmente as questões sentimentais e de relacionamento, não foram e nunca serão revogadas. O casamento é algo sagrado, indissolúvel por natureza e, é claro, pela vontade de Deus. A separação acaba violando e violentando uma série de verdades absolutas: impossível sair ileso dela.
 
Vemos com tristeza que é cada dia mais frequente a separação; parece que o ser humano não é mais o mesmo; fragilizou-se nos seus propósitos, nas suas responsabilidades; perde aos poucos a capacidade de enfrentar as dificuldades do caminho, caminho esse que ele próprio escolheu; parece que se contaminou pela frieza com que os compromissos não são honrados hoje em dia.
 
Se é certo que “todo mundo tem direito a ser feliz, de procurar sua felicidade” é igualmente certo que isso não pode acontecer a qualquer preço ou por quaisquer meios. É lamentável que se comece a pensar que o casamento para sempre é algo impossível e que é até normal que muitos não dêem certo e novas oportunidades sejam toleradas e até facilitadas. Ficamos preocupados, como cristãos, que os valores do Evangelho e da Tradição cristã estejam se enfraquecendo diante das pressões do sistema reinante.
 
A verdade é que se casa muitas vezes pensando apenas nos “privilégios” do casamento. Casa-se sem pensar no empenho, na cooperação e no zelo, necessários para um casamento bem-sucedido, maduro, forte e duradouro.         
 
Nas palavras do psicoterapeuta Alberto Lima: “Muitos se casam sem saber que o casamento não é só a junção de duas pessoas sob um mesmo teto, mas a construção de uma nova vida, a dois, e que isso pode significar a necessidade de abrir mão de hábitos e projetos individuais. Tal demanda às vezes causa frustrações e brigas. Quem não tem força para superá-las e evoluir acaba fugindo do jogo antes de conhecer suas regras”. E conclui: “Acabam se separando sem refletir sobre as causas da insatisfação. Acontece que um casamento não é uma brincadeira e não se pode simplesmente botar a bola embaixo do braço e sair de campo”.
 
Se você ao menos sonhou com seu casamento e ainda que não tenha pensado seriamente nele antes, seria bom pensar agora, pois ainda há tempo... 
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