Publicado: Quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Ser humano ou Ter humano?
Normalmente quando o término do ano se aproxima nos deixamos envolver pela reflexão. Todo e qualquer “fim” provoca em nós um sentimento de atenção. Tememos o “fim”, pois diante dele sentimo-nos impotentes e pequenos. Quando nos deparamos com a proximidade do fim tentamos amenizar as ações que praticamos ou deixamos de praticar no percurso impondo-nos o compromisso de que no próximo ano faremos tudo diferente.
Tornamo-nos mais sorridentes, amáveis, solidários e até educados na época das Festas de Final de Ano. Cumprimentamos mesmo os desconhecidos, damos esmolas, telefonamos para os amigos, abraçamos os companheiros, enfim agimos como se fossemos “ser humano”.
Porém, logo nos primeiros dias de janeiro, passada a euforia das comemorações das Festas, retornamos à nossa vida normal e com ela passamos a agir como “Ter humano”.
Julgamos e tratamos o outro de acordo com o modelo do carro que possui, pela marca da calça que veste, pelo salão de beleza que freqüenta, pelas jóias que usa, pelo cachorro que possui, pela posição social que ocupa, pelas viagens que faz, pelas pessoas com as quais se relaciona, pelo bairro que mora, pelo tamanho da casa que reside e muitos outros rótulos que envolvem a aparência do “Ter humano”.
Mesmo quando nos comportamos como “ser humano” provocamos resultados amedrontadores porque somos os únicos que:
- matamos em nome de Deus
- provocamos a guerra
- destruímos sonhos
- destruímos o meio em que vivemos
- nos tornamos radicais e fanáticos
- semeamos o medo e o terror
- alimentamos a desigualdade social
- agredimos e mutilamos crianças
- traímos
- roubamos
- matamos os animais por esporte
- viramos as costas ao nosso semelhante
- torturamos por prazer
- matamos outro da mesma espécie
Vamos aproveitar a proximidade do Final do Ano para refletirmos sobre nosso comportamento, nossos valores, nossos objetivos. Vamos refletir e nos propor mudanças que provoquem bons resultados e bons exemplos dentro da nossa casa. Se conseguirmos realizar mudanças em nossa casa, os efeitos atingirão o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso estado, o nosso país e por fim o nosso Planeta.
Foi exatamente este o processo que usamos com nossas más atitudes e que obtivemos o resultado que temos hoje: aquecimento global, miséria, fome, epidemias, violência...
Nunca estivemos tão perto do fim!
Vamos, de hoje em diante, cultivar o SER HUMANO consciente, educado, solidário, pacifista, sonhador, honesto, honrado, coerente, amável, competente, idealizador e tantos outros que existe latente dentro de cada um de nós.
Quem sabe ainda dá tempo de mudarmos a cara do Mundo em que vivemos e a cara do Ser humano que somos.
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