Publicado: Segunda-feira, 6 de julho de 2009
Sete maravilhas portuguesas no mundo
Heranças monumentais de origem portuguesa construídas fora de Portugal e que foram classificadas Património da Humanidade foram tema para o concurso Sete Maravilhas Portuguesas no Mundo. O resultado desta iniciativa foi divulgado no dia de Portugal, 10 de Junho, numa cerimónia cujo tema era os "Heróis do mar".
Esse projeto surgiu através da New 7 Wonders Foundation, em Zurique, que elegeu as novas 7 Maravilhas do Mundo. Foram escolhidos 27 monumentos espalhados por 16 países diferentes, pertencentes a três continentes. Uma das finalidades foi dar a conhecer aos portugueses residentes no país e fora dele, as riquezas do patrimônio deixado em todos os locais onde passaram.
No continente africano, os locais históricos são: Cidadela de Fasil Ghebi (Etiópia), Ilha de James (Gâmbia), Fortes e Castelos em Volta (Gana), cidade portuguesa de Mazagão (Marrocos), Ilha de Moçambique (Moçambique), Ilha de Goreia (Senegal), Ruínas de Kiwa e de Songo Mnara (Tanzânia); na América: Centro Histórico de Salvador, Centro Histórico de São Luís, Centro Histórico de Diamantina, Centro Histórico de Goiás, Centro histórico de Olinda, Centro histórico de Ouro Preto e Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (todos no Brasil), Missões Jesuítas de Trinidad do Paraná e Jesus de Tavaranque (Paraguai), Bairro histórico da Colónia de Sacramento (Uruguai), Missões Jesuítas dos Guarani (Brasil e Argentina); na Ásia: Sítio arqueológico de Qal’at al Bahrain (Bahrain), Centro Histórico de Macau (China), Igrejas e conventos de Goa (Índia) e a Cidade velha de Galle e suas fortificações (Sri-lanka).
É incrível perceber o quão expansionista foi Portugal na época dos descobrimentos! A expansão ultramarina portuguesa desde o século XV até início do século XX resultou em descobertas que os europeus desconheciam, e contribuiu para o conhecimento da nossa existência por asiáticos, africanos e americanos.
(Ligado a esse movimento expansionista de séculos passados, por que adormece hoje Portugal numa letargia frustrante?)
Conforme Paulo Campos Pinto, professor de História da Arte na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, esse concurso tem como fator positivo "chamar a atenção para um património que é desconhecido da maioria dos portugueses. Seria interessante avaliar o impacto desta iniciativa: se conseguiu cativar a comunidade científica, incentivando estudos especializados, se motivou obras de conservação e restauro, entre outros. Ter como objectivo único a divulgação do património, tal como foi definido pela Organização, não é suficiente. As novas tecnologias e o marketing conseguem hoje enorme eficiência na divulgação e promoção. Por isso é imperativo sermos mais exigentes nas metas a alcançar". Ele diz também que os portugueses não têm noção do legado histórico-cultural deixado pelos antepassados, e se o têm, é de forma muito superficial.
Luís Segadães, presidente da New 7 Wonders, diz que esta iniciativa projeta o país em todo mundo, demonstrando o quanto fomos influentes na época dos descobrimentos, ao mesmo tempo alertando todas as pessoas da existência desse patrimônio, conseguindo mecenas que os recuperem e dando imenso potencial turísticos, traçando outros roteiros que não os convencionais a partir dessas Maravilhas.
Entretanto, é de realçar que esse projeto não deve ficar apenas pela midia, e sim criar um espírito patriótico junto as entidades responsáveis para que seja assegurado a manutenção, preservação, valorização, dinamização desse património.
Os eleitos foram: A fortaleza de Diu e Igreja do Bom João (ambas na Índia), Fortaleza de Mazagão (Marrocos), Cidade Velha de Santiago (Cabo Verde), a Igreja de São Paulo (Macau), a Igreja de São Francisco de Assis da Penitência e Convento e Ordem Terceira de São Francisco (ambas no Brasil).
É justo realçar o contributo da Universidade de Coimbra na pesquisa dos monumentos.
Vamos dar uma pensada no assunto de foram mais profunda e incluir no nosso roteiro de viagem??
Até a próxima!!
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