Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sim, boas maneiras

 

Em três edições consecutivas, de 19 e 26 de abril e na de hoje, 3 de maio, os temas foram por assim dizer de significado único, divididos em propostas a guardar relação entre si. Na segunda semana dessa tríade homogênea nos seus propósitos, coube como luva à mão, a transcrição do texto de Ivan Angelo, colunista apreciado da revista VEJA=SP (“Pequenos Zeladores”).

Sequer faltou ali uma séria uma reprimenda pelo descuido dos passeadores de seus cachorrinhos, sem o indispensável componente para recolha dos dejetos.

Para hoje, pois, o título da matéria, ou o subtítulo se assim se preferir, é: “Deu tempo ...”

Deu tempo.

De fato deu, enquanto se esperava o pastel.

Sim, como o pedido ali na ML, conhecida pastelaria do bairro São Luís, demandava uma certa espera, nasceu esta crônica, redigida no verso de um papel de embrulho.

Dezenove de abril, recém-findo. Onze e meia. Prova de que os produtos da simpática ML são excelentes, é que a esta hora – a do almoço – pululam os fregueses para lanches mais fartos ou para levar os preciosos pastéis como complemento do almoço em casa. Nessa manhã, com maior razão, pelo fato de a secretária ter faltado ao trabalho. Atrapalhara todo o andamento e a sequência dos serviços domésticos.

Nessa espera, mesinha simples decorada com propaganda da Brahma, ocorreu a lembrança de que o salão da dona Helena, prestimosa e cordata cabeleireira dos de casa, ficava do outro lado da rua. E por que não surpreendê-la com  pasteizinhos, aperitivo oportuno? Um mimo e uma demonstração de carinho.

Isso mesmo; esteja qualquer um onde estiver, pense, olhe à sua volta e vai ver que gestos desses ou o mero sorriso a outrem, podem acontecer.

Se o leitor atentar para a data, essa inspiração repentina foi em parte fruto de contágio pela alegria na derrota que o São Paulo impingira na véspera ao Atlético. Aqueles dois a zero que puseram o time do Rogério outra vez na ordem do dia.

A simpatia pelo tricolar vem da infância. Os componentes de uma equipe eram perenes, os mesmos em todos os jogos. Eis a inalterada escalação daqueles anos gloriosos: Mário, Savério e Mauro; Bauer, Rui e Noronha: Friaça, Ponce de Leon, Leônidas, Remo e Teixeirinha.

Já na na quinta feira... dois a um pra eles. Ahhh

- Moço, moço !

Era a proprietária a chamar, que os pastéis estavam prontos.

De fato, deu tempo.

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