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Publicado: Domingo, 14 de dezembro de 2008

Só há um de nós aqui!

Assim como na vida, também nas empresas, deveremos enfrentar a nossa face original. A espiritualidade é a única dimensão onde esta poderá ser encontrada. Habitualmente, nas organizações convivemos com uma face acidental que não nos é dada a partir da origem, do interior, de valores essenciais, mas sim de construções à medida das circunstâncias estratégicas para o negócio, ou para a carreira. Confundir a face acidental de um indivíduo com a essência do seu Ser fomenta uma prole de indivíduos não realizados, com as conseqüências que facilmente serão intuídas para todos.
 
Perante uma humanidade que se debate entre os anseios de uma nova consciência nos negócios e uma busca individual por um sentido mais amplo para a sua existência, teremos de nos confrontar com os  ideais enraizados no mais elevado patamar da ética humana: a espiritualidade.
 
Contudo, conhecer o caminho não é a mesma coisa que trilhá-lo até ao seu termo. Como poderia ser diferente nas organizações? E porque ninguém é vítima do mundo, mas sim da forma como o percebe, torna-se urgente que cada um comece por fazer a sua parte; isso é já tarefa para uma vida inteira. Garanto-lhe que há alguém muito especial que o espera no final desse trilho: você! 
 
A falta de um centro de valores comum propicia, tantas vezes, a criação de dois mundos inconciliáveis, um que é o profissional e outro que é o pessoal. É aqui que a espiritualidade se mostra importante no mundo do trabalho. Só um ser espiritualmente apetrechado poderá estar verdadeiramente centrado no essencial das suas decisões, permitindo-se a total sintonia entre os seus próprios valores e o posicionamento estratégico da empresa.
 
Na dimensão dos valores pessoais não existe a verdade dos outros. Tratando-se de uma terra sem caminho, viver nesta certeza será assumir a maior responsabilidade da  nossas vidas. Aceitar a importância de tais valores nas relações de trabalho, obriga a que cada um de nós seja um cientista interior, cuja sua maior valência será a de experimentar a verdade desde a sua origem, revelando-nos o ponto onde nada está escondido, onde só a profundidade do essencial será revelado.
 
Na vida vencer não é competir com o outro, mas sim derrotar os seus inimigos interiores. Como poderia ser diferente nas organizações?
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