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Publicado: Segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Suplício das eleições

Tivemos o suplício da Copa. Meses e meses aquelas entrevistas com jogadores e seus familiares (geralmente de famílias humildes e de bom caráter que não foram abandonados pelos seus filhos bem sucedidos).

Lembramos, então, da seleção dos majorengos do futebol nacional com a famosa musiquinha do “maestro Junior” “ voa, voa canarinho, voa canarinho” (Copa da Inglaterra de 1996) e tínhamos certeza que a derrota iria acontecer, pois futebol acontece no campo, sem nada de “lero-lero”, mas com bola na rede.

Agora já estão proclamando nova cantilena por ser a próxima Copa no Brasil (em 2014!), dando pequena trégua com a campanha política para as eleições de outubro!

Essa campanha, infelizmente, vai ser verdadeiro suplício porque os dois principais candidatos são sobejamente conhecidos e tudo o que se fale sobre os mesmos, não acrescentará uma vírgula para o eleitor tomar sua decisão e apenas poderá causar algum espanto se a candidata do Lula sair vitoriosa.

E isso não será surpresa pois a massa do povão que decide as eleições vota pelo “imediatismo” que o iluminado e carismático Cara conhece e tem de sobra. Portanto, vamos agüentar mais um suplício durante cerca de três meses! Sobre referidos candidatos não dá para tecer considerações, arquitetar o que fariam de diferente na hipótese de serem eleitos.

Não pretendo prognosticar nada, inclusive não sendo do meu feitio, deixar de ter esperança e confiar que o Brasil, país cristão nato, não possa ainda receber as graças da Providência Divina prosseguindo em seu vitorioso destino, embora recheado de dissabores.

Aliás, o único vaticínio que faço é que inexoravelmente haverá boa limpeza nos meios políticos, a partir do pleito de outubro, pois os afoitos aliados da candidata petista deverão ser banidos para sempre pelos seus antigos e fiéis eleitores, em face do caradurismo de apoiarem candidata “ficha suja”.

O suplício a que me refiro será a agonia de agüentar a cantilena desses demagogos e políticos inescrupulosos, por meses e meses, inclusive o próprio contorcionismo, na ânsia de transformar o círculo em quadrado e o preto em branco.

Felizmente, nesse terrível mundo midiático que nos espera, a “inspirada” CBF, massageou o ego da imensa nação corintiana indicando o técnico Mano Menezes para comandar a renovada e novel seleção brasileira, com isso desviando o assunto para amenizar aquele terrível suplício dos citados mensageiros políticos.

Copa e futebol voltarão a ser os temas leves e básicos, dos órgãos de comunicação, que pouco apresentando no noticiário cultural e educativo terá menos chance de transbordar-se e deleitar-se na abordagem de crimes cada vez mais insólitos, sanguinolentos e cruéis.

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