Tem solução?
A Noruega possui o terceiro maior PIB per capita do mundo. Além disso, o país também manteve o primeiro lugar entre todos os países do mundo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) por seis anos consecutivos (2001-2006), recuperando essa posição em 2009, quando foi novamente classificado pela ONU como o melhor país do mundo para se viver. Também foi avaliado como o país mais pacífico do mundo em uma pesquisa realizada em 2007 pelo Índice Global da Paz.
A economia norueguesa é um exemplo de uma economia mista, um estado de bem-estar social capitalista próspero, com uma combinação de atividades de mercado livre e de grandes propriedades estatais em setores-chave. O Estado tem grandes posições acionistas nos principais setores industriais, tais como no estratégico setor de petróleo. A Noruega mantém o modelo social escandinavo baseado na saúde universal, no ensino superior subsidiado e em um regime abrangente de previdência social.
Paradoxalmente, foi em Oslo, capital desse país, que Anders Behring Breivik, de 32 anos, matou 76 pessoas em 22 de julho do ano passado. Tudo começou com uma grande explosão de um carro bomba, que destruiu boa parte do prédio do primeiro-ministro norueguês, matando 8 pessoas. Após a explosão, Anders se dirigiu armado à ilha de Utoya, a quarenta quilômetros de Oslo, e lá atirou por mais de uma hora em jovens que participavam de um acampamento. Dezenas de pessoas morreram imediatamente. Outras, feridas, morreriam depois. No total, foram 68 os mortos na ilha. Muitos dos jovens no acampamento pertenciam à ala jovem do Partido Trabalhista norueguês.
Anders não tinha antecedentes criminais e entrou subitamente para a lista dos autores dos maiores assassinatos em massa de todos os tempos. Uns dizem que o autor do massacre de Oslo é louco, outros afirmam que é extremista e há também os que dizem que é as duas coisas.
Nesses momentos, cabe a pergunta: o sujeito é apenas uma exceção ou o homem é um ser sem solução?
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