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Publicado: Sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tempos modernos!?

Não há dúvida, a sociedade vem mudando com uma profundidade difícil de absorver e com uma velocidade impossível de acompanhar. As dúvidas concentram-se em saber se tudo isso é para melhor ou para pior ou mesmo se é necessário. Não que o progresso científico e tecnológico seja ruim ou indesejado, mas a qualidade de vida não acompanhou na mesma proporção; ao contrário, vemos uma sociedade triste, angustiada, insatisfeita, estressada, apressada, indecisa...

Será que as crianças mudaram, será que são realmente “mais espertas e sabidas” que as dos idos tempos, como querem garantir alguns? Estaria, portanto, a sociedade mudando por conta disso? Ou nossas crianças são as mesmas, e suas mudanças são frutos de imposição de uma sociedade movida por interesses e não por necessidades naturais?

Concentremo-nos nos pais e nos filhos e nos dramas que vivem diante dessa nova sociedade, dessa nova maneira de usar a liberdade. Como se comportar diante da pressão dos filhos, diante de tanta novidade: TV, Internet, shows e embalos sem censura? Drogas? Liberdade sexual?

Como podem os pais manter a autoridade diante de seus filhos que convivem com outros, cujos pais já abriram mão dessas prerrogativas, vencidos pelas pressões da moda e dos novos costumes apregoados com toda força?

E agora? De que maneira criar e educar os filhos? Quais são os ideais que norteiam a vida deles? Que esperanças os animam?

Dom Rafael Cifuentes garante que um jovem precisa de um grande ideal, sem o que “se abrirá para outros ideais mesquinhos que não o satisfarão. E esta insatisfação é como uma porta aberta para a bebida, a droga, a loucura da agitação e da velocidade, e a degradação do sexo.”

Infelizmente é o que estamos vendo: uma juventude desencontrada, alimentada por uma “oca ideologia materialista”.

Educar filhos é uma missão indelegável dos pais.

Os valores fundamentais devem ser colocados pelos pais, criando uma base sólida de personalidade e caráter nos filhos. É preciso educar para a liberdade, mas também para os limites que sempre existiram, mesmo numa sociedade altamente permissiva. Nem tudo é permitido para todos, nem tudo é bom para todos; nem tudo é para todas as idades.

Nenhuma sociedade, nenhuma cultura, onde tudo era permitido, sobreviveu por muito tempo; impossível escapar à falência moral, à confusão social e à ruína.

Parece que descuidamos e o inimigo avançou rapidamente. Parece que estamos assistindo a um filme “censura livre” que bem poderia se chamar “A invasão dos bárbaros”, dirigido por um grupo que poderia ser o “GRUPO DOS SEM” -  sem escrúpulos, sem censura, sem proibição, sem moral, sem limites, sem religião, sem educação, sem princípios, sem valores, sem compromissos...

São comuns as dificuldades na educação dos filhos. Pais que pensam e se preocupam certamente estão cheios de indagações e preocupações.  

Alguém espalhou que agora as nossas crianças são mais inteligentes (ou mais espertas) e que já não precisam tanto dos pais, nem das escolas... e que o mundo “educa”. Que é preciso criar os filhos não para si, mas para o mundo. Pelo jeito gostaram... agora não se educa e não se cria, apenas se procria.. Tempos modernos, sem dúvida bem diferentes ...

Há algum tempo as crianças eram criadas com limites e estes eram aceitos sem revolta. A revolução moderna estragou isso. Havia censura, nos filmes, nos clubes, e esta era respeitada. A liberdade moderna estragou isso. As crianças tinham horários e estes eram seguidos, bem como os costumes da casa. A vida moderna estragou isso....

Realmente o mundo era diferente, porque as pessoas eram DIFERENTES. Infelizmente não conseguiram se manter assim. Resolveram seguir a voz do mundo, da moda, do tudo pode, do relativo, do depende, do não vale a pena esquentar (ou se preocupar), do aproveitar a vida.

Será que hoje são mais felizes?

É preciso resistir, dizer não à voz e à vontade do mundo, SER DIFERENTE,  adotar limites, educar para viver uma liberdade responsável.

Diante dessa sociedade permissiva, que acha ridícula a censura, que proíbe proibir, que acha antiquados os pais controladores (presentes) e preocupados; uma sociedade que “coisifica” as pessoas e que não vê futuro naquele (a) que valoriza a autoestima, o amor próprio; uma sociedade que estimula o sexo e a bebida quanto mais cedo, os pais precisam voltar a cuidar dos seus, mesmo sabendo que vão enfrentar uma batalha pesada.

Deixar os filhos à mercê da televisão, das revistas, da internet, dos “amigos” mais avançados, dos grupos liberais, ou da própria iniciativa é ser irresponsável!

É preciso ser firme, educar para os limites, para as diferenças; certamente os filhos vão entender, aceitar e, mais tarde agradecer. Relatos nesse sentido não faltam.

Que tal um movimento de repúdio ao “tudo pode” e à falta de educação? Em defesa dos verdadeiros valores familiares... Tenhamos coragem!

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