Tragédia anunciada
11 de julho de 2012. Na noite daquele dia, o palmeirense vibrava com a quebra de um jejum de títulos nacionais de expressão que durava 12 anos. Era um sinal de que novos tempos chegavam ao Parque Antártica. O clima de festa tomou conta de jogadores, dirigentes e comissão técnica. "Estamos na Libertadores de 2013", vibrava o esperançoso alviverde.
Após o título, o relaxamento no Brasileirão era inevitável. Foi assim com o Corinthians campeão da Libertadores também. Uma derrota, duas... Normal. Mas o ki-suco começou a ferver. Derrotas e mais derrotas, diretoria atrapalhada e um clima nada amigável entre o então técnico Felipão e os jogadores fizeram com o que o Palmeiras amargasse as úlitmas posições na tabela.
A tragédia já havia sido anunciada. O clima no Palestra Itália não é dos melhores há anos. As péssimas contratações realizadas nas últimas temporadas apenas ratificam a precária condição que o clube vive hoje. A conquista da Copa do Brasil foi "sem querer": o grupo se uniu e encontrou pouca resistência dos adversários.
Barcos, Henrique e Marcos Assunção destoam em um plantel que conta com péssimos jogadores como Luan e Betinho. A contratação de Gilson Kleina foi mais para a diretoria mostrar serviço ao torcedor do que qualquer outra coisa. Foi meio isso: "olha, estamos nos mexendo, contratamos um treinador revelação para salvar o Verdão".
A queda para a Série B (a segunda em 10 anos) parece ser inevitável. Por mais que o esporte bretão se revele uma caixinha de surpresas muitas vezes, acredito que, mais uma vez, o Palmeiras não escapa da degola.