Colunistas

Publicado: Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um adeus para Neto

Crédito: Jornal A Federação Itu Um adeus para Neto
Neto foi um exemplo de dedicação à comunidade

Acabo de receber a triste notícia do falecimento de João de Almeida Neto, um dos mais destacados membros da comunidade católica ituana. Com apenas 52 anos de idade, batalhou até o fim contra um câncer de pulmão, doença diabólica que leva tantas pessoas queridas embora.

Carinhosamente conhecido como Neto, participou durante muitos anos na comunidade da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, juntamente com sua esposa Fátima e os filhos Aline e Marcos Paulo. Quantas vezes testemunhei a presença da família completa nas missas, encontros e atividades paroquiais!

Neto atuou muitos anos à frente da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Do seu amor por esse movimento eclesial surgiu recentemente o livro “Memórias de Uma Comunidade Católica”, publicado pela Editora Ottoni. Em novembro do ano passado foi realizada uma noite de autógrafos para lançar a obra. Ninguém pode negar que o clima já era de homenagens e despedidas.

Um jornal centenário passa por muitas fases, boas e ruins. E numa das fases mais delicadas da história do jornal “A Federação”, órgão de imprensa vinculado à Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, Neto foi convocado para prestar seus serviços ao semanário católico.

No que me diz respeito, Neto sempre foi de uma cordialidade e simpatia enormes. Era assim também com a maioria das pessoas que o cercavam. Em uma turbulência específica dos bastidores de “A Federação”, na qual eu estava sendo prejudicado por conta da inveja alheia, foi João de Almeida Neto quem resolveu a celeuma pedindo desculpas que ele mesmo não devia mas que sanaram qualquer mágoa.

Durante quatro ou cinco anos de sua vida, dedicou tempo, carinho e atenção ao jornal “A Federação”. É dele em grande parte o mérito pelo fato de o semanário católico estar atuante ainda hoje, rumo aos 106 anos de idade. A Igreja, a Paróquia, o jornal, seus colaboradores, funcionários e leitores, devem muito à memória de João de Almeida Neto.

Com a doença, Neto foi obrigado a se afastar aos poucos das tarefas que exercia com tanta dedicação na comunidade. Até o fim manteve-se um homem de fé, a mesma fé que sempre o fez acreditar no trabalho em favor da comunidade. Fico imaginando o tanto de sofrimento que foi obrigado a suportar devido à moléstia e peço a Deus para que ele tenha finalmente encontrado o descanso eterno.

Aos familiares, irmãos de caminhada na comunidade, só nos resta pedir a força do Espírito Santo consolador. É seguir em frente guardando na memória os ditos e os feitos, o exemplo e as passagens da vida de João de Almeida Neto. Para nós católicos convictos, a única certeza é a de que um dia estaremos todos nos reencontrando no Céu.

Adeus, Neto! Ou até breve, só Deus é quem sabe! Fique intercedendo por todos nós que aqui estamos e que aqui continuamos nossa caminhada rumo ao Pai!

Comentários