UM SENADOR QUE ABRAÇA O BRASIL
Se eu fosse capaz de fazer uma charge, eu desenharia o Senador Suplicy em forma de coração abraçando o Brasil, com seus cento e setenta e tantos milhões de brasileiros.
Quando o Senador beijou o Presidente Lula, há alguns dias, na cerimônia de assinatura, pelo Chefe do Executivo, do Projeto da Renda Mínima, na realidade estava beijando a todos os brasileiros, de todos os credos e de todas as raças, pobres, ricos e milionários.
Há quase duas décadas este Projeto está tramitando em Brasília.
Aprovado pelo Congresso em 1.992, se não me engano, nunca foi sancionado pelos Presidentes, por pura falta de coragem política para tal, por pura falta de sensibilidade para compreenderem a extensão de um projeto desta natureza.
O então Senador Fernando Henrique Cardoso estava presente e aprovou o projeto, mas não o colocou em prática quando, na Presidência da República, teve várias oportunidades para fazê-lo.
Na noite da aprovação do Projeto da Renda Mínima, pelo Congresso Nacional, um dos Senadores presentes abraçou o Senador Suplicy e disse que aquela era, senão a mais importante, uma das mais importantes e dignas noites vividas naquela Casa de Leis, uma Noite Histórica, demonstrando a compreensão da sua importância na construção de um País mais justo e mais desenvolvido, mais moderno.
Na realidade, o que o Projeto faz é fechar, em nosso País, um ciclo primitivo, onde o material falava mais que o moral.
È inserir o Brasil no seio dos Países mais desenvolvidos do Mundo Moderno.
Bem, o que é este Projeto e porque é tão importante para a Nação?
Prevê, para cada brasileiro que tenha uma renda inferior a um valor que lhe proporcione condições de alimentação e de vida com um mínimo de dignidade, uma Renda Mínima, que lhe dará essas condições.
Com isso será injetado no mercado consumidor um valor que até então não existia, fazendo com que, aos poucos, vá se formando nas camadas de renda inferior, ou sem renda, atualmente, um hábito de consumo e um giro econômico, com geração de impostos, postos de trabalho, desenvolvimento social e humano, criando o tão esperado Crescimento com Justiça Social.
Agora, o mais importante, é que isto acontece sem onerar as classes com maior renda, sem criar novos impostos. O que o Senador faz, em seu projeto, é um meio de transferência de capital, de uma forma gradativa, que vai beneficiando todas as camadas sociais, indistintamente.
Quando há o consumo nas classes de menor renda, isto afeta as camadas seguintes, que passam a vender mais, e assim por diante, sucessivamente, chegando à movimentação financeira e ao mercado de capitais, gerando investimentos em novas indústrias e em serviços, como na Saúde, por exemplo, completando-se o ciclo e voltando à base, reiniciando a cadeia.
Aos poucos, aqueles que foram beneficiados inicialmente pela Renda Mínima, vão saindo da linha de pobreza total e passam a contribuir com o processo, deixando de receber o benefício.
É o “ Ovo de Colombo “ não só para o Brasil, mas para todo o Mundo, inclusive para países ditos ricos, onde graça a pobreza em grande parte da população.
Um projeto deste tipo exige horas, dias, meses, anos de estudo e de pesquisa tanto na área social, quanto, e principalmente, na área econômica. Nada pode falhar! Se algo der errado em um ponto do processo, todo o resto vai por água abaixo.
Não há feriados, não há finais de semana, não há descanso. Há um Projeto de Urgência para uma Nação em Desespero!
Foi um Trabalho Científico de peso que se transformou em Projeto Nacional.
È o resultado de uma Vida de Dedicação à Nação Brasileira, de Amor ao Próximo, de Crença no Ser Humano.
Este é o grande mérito do Senador Suplicy: Amar intensamente! Seu trabalho, seu País e todo o Povo Brasileiro.
Que isto nos sirva de espelho. Que este exemplo seja seguido em todo o Brasil, não só pelo Partido dos Trabalhadores, que tem o dever de faze-lo.
Que consigamos entender, olhando para este exemplo, que não há projeto que dê resultado se não houver Amor, Dedicação e muito, muito, muito Trabalho.
Ao beijar o Presidente Lula, o nosso querido Senador beijou o Brasil, e foi beijado por 175 milhões de brasileiros.