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Publicado: Quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Um tripé pela Vida ...

         Salve o nosso Criador, autor e Senhor da Vida que continua a brotar na face da terra, não obstante as dificuldades criadas, em grande parte, pelo próprio homem. A terra não é mais aquele campo fértil e verdejante que a vida merece. A vida ainda não é a expressão máxima do Amor de Deus, como Ele fortemente deseja. Sofre o homem, que vai adiando o tão sonhado Paraíso terrestre: paz, alegria e felicidade já neste mundo. Pensemos nisso... Qual nossa posição perante a vida? Conseguimos perceber que ela está perdendo a qualidade, o sabor?
         Muitas vezes nem mesmo as condições mínimas estão garantidas para todos. Quem vai assumir a culpa? Quem vai fazer alguma coisa? A análise para todos os problemas sempre se resume no ver, julgar e agir.  Na maioria das vezes não passamos do ver, do sentir; quando muito chegamos ao julgar; raramente atingimos e assumimos o agir. Assim, as coisas vão ficando como estão ou continuam piorando...
         Aprende-se a viver, educa-se para viver...
         Família, escola e religião são um tripé poderoso capaz de sustentar a vida em toda a sua plenitude. Famílias bem estruturadas e dedicadas, capazes de assumir suas responsabilidades e compromissos com a dignidade humana. Escolas verdadeiras, cumpridoras de suas obrigações sociais e humanas. Uma religião vivida com autenticidade e seriedade, "casada" com a vida e com seus valores maiores; uma religião em que fé e vida sejam coerentes.
         Se falta religião na vida das pessoas, em grande parte é porque falha a família nessa insubstituível tarefa de educar os filhos; sem uma sólida base espiritual, tornam-se presas fáceis nas mãos de aproveitadores e inescrupulosos.
         Se hoje as vítimas são pessoas estranhas e distantes, amanhã serão os nossos conhecidos, os nossos vizinhos, nossos familiares...
         Os problemas sociais que enfrentamos, frutos de omissões da família, da escola e também da Igreja acabam atingindo novamente essas mesmas instituições, num ciclo sem fim. Nossa sociedade vai-se tornando uma nau sem rumo, uma sociedade permissiva e irresponsável. Viver é fazer o que quiser... Desaparecem os valores e a consciência moral, enfraquece nossa relação com o Deus único, cresce o valor do dinheiro. Viver é consumir... Viver é ter prazer... Estamos voltando ao paganismo...
         É preciso e possível mudar, mas isso só vai acontecer na medida em que todos resolvam assumir seu papel e suas responsabilidades. Afinal, não somente pertencemos a uma família, a uma Igreja, mas somos a família e a Igreja e, esquecendo-se o aspecto institucional, somos escola. De quem vamos exigir alguma providência, senão de nós mesmos?
 
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