Publicado: Quinta-feira, 14 de agosto de 2003
UMA EMERGENCIA CHAMADA PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL SANATORINHOS DE ITU
Cerca de 15 % da população de Itu necessita de um atendimento de urgência todo mês. Você já pensou que pode ser um deles ?
A grande polêmica sobre o fechamento do Pronto Socorro do Hospital Sanatorinhos têm que sair da esfera político-financeira e tocar mais a consciência social de todos moradores da cidade.
De um lado temos um histórico de mais de 10 anos de intervenção estadual que garantiu melhorias e condições impares de funcionamento ao único hospital da cidade. Foi um protecionismo político com as mais perfeitas intenções, se não fosse pelo comodismo de sermos tutelados pelo Estado e por ser este um modelo intervencionista que anda na contra-mão das políticas de saúde nacionais.
Existe todo um contexto de leis, políticas de saúde e amplas discussões sobre a descentralização do poder federal e estadual para a responsabilidade municipal. A saúde deve funcionar melhor se for estudada, planejada e estrategicamente direcionada por quem mora e conhece os problemas locais. As leis são para todos, a prática e viabilização delas depende de muita parceria e entendimento.
A ultima Intervenção Estadual foi toda voltada para se criar condições de negociações para a desintervenção, sem prejuízo à população. A hipótese mais provável, que seria a estadualização do hospital traria sem dúvidas prejuízos ao hospital, pois os hospitais do Estado estão esmagados por excesso de demanda e falta de recursos. Todos os funcionários teriam que prestar concurso público (incluindo médicos) e teriam seu salário norteado pelos padrões estaduais, muito abaixo dos salários pagos pela instituição.
Apenas uma situação é extremamente clara : sem a diminuição de custos não há sustentação da assistência. É aí que se centra a negociação atual que busca parcerias, para garantir o atendimento e viabilizar novas fontes de recursos que garantam a qualidade do atendimento. A parceria garante a divisão das responsabilidades sociais, políticas, clínicas e financeiras
O Executivo Municipal investe nos Pronto Atendimentos da Cidade Nova e Padre Bento, mas terão estes serviços estruturas suficientes para absorver a demanda do fechamento do Pronto Socorro ? Aonde fica o interesse público de preservar um atendimento em 4 especialidades, 24 horas por dia, numa estrutura recém reformada e modernizada ? Seria um desperdício de esforços aniquilar essa conquista por intransigência.
É de conhecimento de todos que a demanda do pronto socorro hoje é representada 80 % por problemas que poderiam ser resolvidos na rede básica de saúde,mas por um problema histórico e cultural, temos um contexto aonde a população busca erroneamente no hospital a porta de entrada para o sistema de saúde.
O papel do hospital é de garantir atendimento às doenças que necessitam de tratamento mais especifico e com maior poder de apoio diagnóstico , o que já é feito . Mais de 50 % das internações do hospital Sanatorinhos são provenientes do Pronto Socorro, só que esse numero representa apenas 4 % do total atendido no mesmo pronto socorro.
O modelo de gestão de Saúde de Itu ( gestão plena ) foi habilitado com a garantia da subvenção às emergências e urgências, não só o pronto atendimento. Portanto, as negociações são inevitáveis se realmente pensarmos na saúde publica do município.
Tomara que a população se posicione e ajude numa solução coerente. Teremos eleições de Diretoria Clínica no hospital, temos o Conselho Municipal de Saúde, o Centro de Estudos , a Irmandade da Santa Casa e 3 vereadores com formação na área da Saúde e que conhecem o hospital. Todos somos responsáveis e parceiros; todos temos que ajudar, devemos pensar que neste momento o interesse é multifatorial e vital. Todos temos interesses na garantia da melhor forma de assistência numa hora de emergência.
O Hospital Sanatorinhos , antiga Santa Casa é um hospital que merece no mínimo os créditos da sobrevivência e persistência. Lá se concentram 12000 atendimentos por mês, que crescem cerca de 5% ao ano e 4 % são provenientes de outros municípios, pois é um hospital de referência regional.
Sem medo da distância prudente que sonhamos ter de qualquer hospital, se posicione para ajudar a discussão de um problema que é de todos nós.
Você não deve esperar que uma situação de urgência te obrigue a rever seus conceitos de cidadania e responsabilidade.
A grande polêmica sobre o fechamento do Pronto Socorro do Hospital Sanatorinhos têm que sair da esfera político-financeira e tocar mais a consciência social de todos moradores da cidade.
De um lado temos um histórico de mais de 10 anos de intervenção estadual que garantiu melhorias e condições impares de funcionamento ao único hospital da cidade. Foi um protecionismo político com as mais perfeitas intenções, se não fosse pelo comodismo de sermos tutelados pelo Estado e por ser este um modelo intervencionista que anda na contra-mão das políticas de saúde nacionais.
Existe todo um contexto de leis, políticas de saúde e amplas discussões sobre a descentralização do poder federal e estadual para a responsabilidade municipal. A saúde deve funcionar melhor se for estudada, planejada e estrategicamente direcionada por quem mora e conhece os problemas locais. As leis são para todos, a prática e viabilização delas depende de muita parceria e entendimento.
A ultima Intervenção Estadual foi toda voltada para se criar condições de negociações para a desintervenção, sem prejuízo à população. A hipótese mais provável, que seria a estadualização do hospital traria sem dúvidas prejuízos ao hospital, pois os hospitais do Estado estão esmagados por excesso de demanda e falta de recursos. Todos os funcionários teriam que prestar concurso público (incluindo médicos) e teriam seu salário norteado pelos padrões estaduais, muito abaixo dos salários pagos pela instituição.
Apenas uma situação é extremamente clara : sem a diminuição de custos não há sustentação da assistência. É aí que se centra a negociação atual que busca parcerias, para garantir o atendimento e viabilizar novas fontes de recursos que garantam a qualidade do atendimento. A parceria garante a divisão das responsabilidades sociais, políticas, clínicas e financeiras
O Executivo Municipal investe nos Pronto Atendimentos da Cidade Nova e Padre Bento, mas terão estes serviços estruturas suficientes para absorver a demanda do fechamento do Pronto Socorro ? Aonde fica o interesse público de preservar um atendimento em 4 especialidades, 24 horas por dia, numa estrutura recém reformada e modernizada ? Seria um desperdício de esforços aniquilar essa conquista por intransigência.
É de conhecimento de todos que a demanda do pronto socorro hoje é representada 80 % por problemas que poderiam ser resolvidos na rede básica de saúde,mas por um problema histórico e cultural, temos um contexto aonde a população busca erroneamente no hospital a porta de entrada para o sistema de saúde.
O papel do hospital é de garantir atendimento às doenças que necessitam de tratamento mais especifico e com maior poder de apoio diagnóstico , o que já é feito . Mais de 50 % das internações do hospital Sanatorinhos são provenientes do Pronto Socorro, só que esse numero representa apenas 4 % do total atendido no mesmo pronto socorro.
O modelo de gestão de Saúde de Itu ( gestão plena ) foi habilitado com a garantia da subvenção às emergências e urgências, não só o pronto atendimento. Portanto, as negociações são inevitáveis se realmente pensarmos na saúde publica do município.
Tomara que a população se posicione e ajude numa solução coerente. Teremos eleições de Diretoria Clínica no hospital, temos o Conselho Municipal de Saúde, o Centro de Estudos , a Irmandade da Santa Casa e 3 vereadores com formação na área da Saúde e que conhecem o hospital. Todos somos responsáveis e parceiros; todos temos que ajudar, devemos pensar que neste momento o interesse é multifatorial e vital. Todos temos interesses na garantia da melhor forma de assistência numa hora de emergência.
O Hospital Sanatorinhos , antiga Santa Casa é um hospital que merece no mínimo os créditos da sobrevivência e persistência. Lá se concentram 12000 atendimentos por mês, que crescem cerca de 5% ao ano e 4 % são provenientes de outros municípios, pois é um hospital de referência regional.
Sem medo da distância prudente que sonhamos ter de qualquer hospital, se posicione para ajudar a discussão de um problema que é de todos nós.
Você não deve esperar que uma situação de urgência te obrigue a rever seus conceitos de cidadania e responsabilidade.
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