Uma guerreira chamada Dona Sebastiana
Hoje, 07 de Janeiro, completam-se dez anos de sua morte, da morte desta incrível guerreira chamada de “D.Sebastiana”.
Tristeza? Não!
Alegria por termos feito parte desta história maravilhosa, e por termos, de qualquer forma, recebido e guardado seus exemplos de bondade, de compreensão, de resignação, de força de vontade.
Bem que tentei me distrair, deixar o dia passar em branco, bem que o tentei. Mas, se vou ao teclado, lá está "Jovens tardes de domingo", se olho para o violão, encontro "Lady Laura".
Então deixo o sentimento à solta e deixo que "Luzes da Ribalta" inunde o ambiente e preencha meu coração.
Esta é a vida que temos, não há outra conhecida, por mais que tentemos nos enganar, não há outro momento, por mais que tentemos justificar as coisas, explicar, só temos esta vida..Só nos resta, mesmo, compreender nosso dia a dia.
Como disse uma vez, eu repito: "O passado é uma foto que não podemos mudar, uma imagem a nos dizer sobre nossas experiências, nossas vivências, como dizem alguns. O futuro é só uma ilusão, não existe, a não ser em nossas construções mentais. Quem somos nós para dar qualquer garantia sobre o minuto seguinte? Só nos resta, então, o presente, o que vivemos agora, neste momento em que escrevo”.
Este momento eu posso alterar, posso mudar, posso compreender... Então aceito!
Aceito o andar da carruagem, e vou com ela. Trago comigo os ensinamentos, que fazem meu presente, e o amor imenso por todos que me ajudaram a construí-lo. Meus irmãos, meus filhos, meus amigos, meus mestres, meus semelhantes, e Dona Sebastiana, este encanto de mulher que vive e pulsa em nossos corações.
Obrigado, mãe querida!
Meiguice
Olhando para ela, e por ela,
Olho com atenção um outro lado
Um outro lado que ela traz atrás do olhar.
Uma vida, uma aventura, uma ternura
E consigo ver, ver e compreender tudo isso
Ver e calar, para poder me aprofundar
Na percepção deste outro lado
Um lado que não é dito, é percebido.
Um lado que conta histórias da vida, de toda uma vida
De uma vida encantadora
Olhar, ver e calar, para poder perceber
E percebendo, encantar-me com a história humana
Um história permeada de aventuras e desventuras
Uma história construída pelos mais estranhos caminhos
De uma existência finita, que nos torna infinitos
Uma história de conquistas e perdas
De conquistas e perdas que são ganhos.
Tudo ali, atrás daquele olhar
Um olhar que nos fala à alma
Nos fala das noites e dos dias
De vigília, de esperança, de tormento e de bonança.
Mãe,
Olhando através de seu olhar, volto no tempo
E não posso deixar de ser criança.