Usos e costumes
Ensinam os cursos de Direito, já nas primeiras aulas, quais as fontes para que se constituam regras e normas a serem consagradas nas mais diversas áreas dessa ciência e então devidamente codificadas.
Os usos e costumes, a tradição, uma atitude coletiva constantemente repetida, gestos não oficiais e que o uso consagra, todas essas e outras maneiras acabam compondo as modalidades ensinadas nos cursos apropriados. Transformam-se em leis.
Interessante que até algumas normas práticas e geradas nos próprios municípios, aos poucos mudam e no final, de forma definitiva.
Há exemplos constantemente e muito à vista, porém pouco percebidos, nas próprias cidades onde se vive.
Itu, uma delas, como todas as outras.
Na rua Santa Cruz, proíbe-se o estacionamento do lado esquerdo. Muito mais ainda naquele quarteirão que ladeia o prédio do mercado, com sinal na esquina e ponto de ônibus no lado direito. Isso sem se falar que ali é permanente a travessia de pedestres, tudo controlado pela sinalização, bem visível.
Entretanto, e de há muito, o povo instituiu uma liberalidade nunca contestada. Aos domingos, na parte da manhã, o lado esquerdo é inteiramente ocupado.
Outro evento, este bem recente, vem acontecendo de dois a três meses, sem contestação. A Marechal Deodoro, sabe-se, tem sentido bairro-cidade até o seu penúltimo quarteirão, aquele que dá um dos acessos ao bairro Brasil. Na última quadra, que levaria até Maestro José Vitório, tem mão invertida e única também, de modo pois que aí os veículos só se compunham do lado esquerdo.
Ocorre que o SINCOMÉRCIO, que além de sua sede a contemplar também cursos do SENAC, além de tantas solenidades em seu confortável auditório, quase todos os dias, concorre ele para um afluxo extremamente grande de veículos. Resultado, muito prático e sem danos, foi que agora nesse quarteirão estaciona-se de ambos os lados. Sobra e suficientemente ampla, a área central, para que todos se encaminhem no sentido único, para acesso à Otaviano Pereira Mendes, região da Rodoviária.
Uma providência que já tardava – e esta oficial – o introduzir-se mão única, cidade/bairro, para a movimentada rua Dr. Graciano Geribello, também caminho natural para a mais extensa das avenidas de Itu, aquela denominada Caetano Ruggieri. Os moradores foram favorecidos, pelo menos quanto a poder usar agora como estacionamento as duas laterais.
Fica por enquanto sem solução o risco e o incômodo dos moradores do bairro São Luís, os pedestres, para atravessar a rótula de acesso ao Shopping, Praça Dona Carminha Navarro.
Bom de lembrar, como o tempo põe tudo à prova, para o bem e para o mal. Ao se introduzir mão única na avenida Eduardo Xavier de Toledo houve queixa quase unânime. Hoje, quem desejaria que voltasse a ser tão conturbada como antes? A mão única, não obstante ser muito larga, resolveu o conflito.
Fica sem solução a congestionada Floriano e mais ainda, a aspiração popular, comprovada em
pesquisa pública, de que se faça ali o almejado calçadão. Da praça da Independência até a Praça Padre Taddei.
Ideal mesmo – e complemento dessa última iniciativa – como já se aventou aqui também, que o calçadão seja em forma de cruz, por abranger a Sete de Setembro desde a Matriz até a Igreja de Santa Rita.
Aos inconvenientes alegados para essa não efetivação, já aprovada pela população, repita-se,
que, sem qualquer trabalho de solo por enquanto, liberem-se essas quadras tais como estão. A pavimentação, ajardinamento e que tais, viriam com o tempo.
Gente, é preciso coragem para, sem detrimento do que seja histórico, dê-se feição mais amena à região do Mercado, horrível de se ver. O próprio prédio está apenas subaproveitado.
Igualmente não se percebe – incrível – que o largo espaço do estacionamento e feiras livres aos domingos de manhã, é um dos lugares de maior amplitude em Itu para concentração de público em eventos maiores.