Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vantagens do Casamento Real

Tanta publicidade, tanto esnobismo do casamento real, em que foram protagonistas o príncipe William e Kate Middeleton, felizmente deixou pontificantes marcas. O povão desinstruído e alienado das coisas verdadeiras e importantes da vida volta e meia se vê envolvido pelas centenas de banalidades do mundo moderno, com as quais se entretém e dá motivação para a própria existência.

No caso desse casamento da monarquia britânica, com fantástica cobertura midiática (não sei por quem custeada e com quais objetivos subentendidos), casualmente veio proporcionar excelente lição para realçar os bons costumes, de modo específico consagrando a dignidade e nobreza do casamento, tão menosprezado e vilipendiado em nossos tempos.  

Um milhão de pessoas e bilhões de telespectadores em todo o mundo acompanharam os mínimos detalhes das festividades, desde o percurso do Palácio de Buckingham até a Abadia de Westminster onde os noivos pronunciaram o definitivo “sim”, com o sagrado compromisso de juntos conviverem, “até que a morte os separe”.

Homens se sentiram engrandecidos com a possibilidade de se tornarem esposos das lindas mulheres que os aguardam. Mulheres suspiraram fundo aspirando a possibilidade se integrarem como esposas e se tornarem mães, naturais, intrínsecos e legítimos desejos das próprias personalidades.

Vê-se que o casamento “conjunctio maris et feminae, et consortio  omnis vitae, divini et humani júris comunicatio” (união do homem e da mulher e consórcio por toda a vida para comunicação dos direitos divinos e humanos), a celebre definição do jurista romano Modestino, é relembrada e reforçada em espontâneo e universal plebiscito de aprovação total.

O divórcio também recebe “um chega prá lá” entre os nubentes reais, com a advertência de que a sagrada união entre o homem e a mulher deve perdurar até a morte, em outras palavras, “não separe o que se uniu” perante Deus.

Com temas e mensagens revitalizadoras do casamento e da família, respiramos um ar mais puro, deixando de lado os cansativos, maldosos, impróprios e impuros assuntos das uniões descompromissadas e ilegais que tornam o mundo um lixão necessitado de urgentes saneamentos não somente ecológicos...  

Desta forma, concluímos que o alardeado casamento real exaustivamente explorado pelas diversas mídias lavrou belíssimo tento. Pena que as coisas boas que nos impingem são de curta duração para regozijo do outro lado, que adora navegar nas águas turvas dos prazeres desordenados e das maldades de todas as espécies.

Assim, de modo auspicioso e inesperado surge a notícia da morte do Bin Laden que vai ser o assunto predileto a ser comentado proximamente, restando o badalado casamento real, que balançou o coração de homens e mulheres relembrando o romantismo a grandeza do amor como simples e passageira lembrança.

Comentários