Publicado: Segunda-feira, 23 de julho de 2007
Viva esta energia!
“Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara...”.
Todos os brasileiros que estão no Rio nestas semanas de jogos transpiram Pan pelos poros.
Vestindo roupas com as cores da nossa bandeira, em especial a amarela, imensas perucas coloridas, chapéus exóticos, bandeiras, variados “instrumentos” que produzem muito barulho, vão torcer pelos nossos brasileiros que estão dando o seu melhor nos tatames, nos campos, nas quadras, nas águas ou nas pistas onde estão competindo.
A torcida age com intensa participação como se tivesse sido ensaiada. Nos momentos mais decisivos levantam num grito único de incentivo ao atleta. A cada vitória a platéia delira de emoção. Seja para comemorar o ouro, a prata ou o bronze o carinho ao atleta brasileiro é o mesmo. O fervor constatado a cada execução do Hino Nacional Brasileiro não deixa dúvidas do orgulho de ser brasileiro.
A organização está impecável.
Simpáticos, educados e solícitos os voluntários, todos uniformizados, dão as boas vindas utilizando alto-falantes a cada um que chega para assistir aos jogos. Não medem esforços para indicar a entrada certa e o assento correspondente ao bilhete comprado. Estão sempre atentos, e ao menor sinal de dúvida lá vem um deles lhe socorrer. Realmente, os quinze mil voluntários, estão contribuindo muito para o sucesso deste magnífico acontecimento.
O horário está sendo rigidamente obedecido e o cerimonial das premiações é emocionante.
Diversos tipos de mapas informando a melhor forma e o melhor trajeto para se chegar aos locais das provas, estão por toda a parte.
O intervalo, entre uma prova e outra, é animado por diversos tipos de profissionais que interagem com a platéia, seja ao som de valsa onde o público é orientado a sentar e a levantar como se estivesse em “câmera lenta”, seja para distribuir energia aos atletas tremulando as mãos, ou seja, no tradicional “ola”. Tudo na maior animação.
Não posso deixar de falar do mascote Cauê que pode ser visto não só nos telões onde acontecem os jogos Pan-americanos como também em todos os cantos da cidade do Rio de Janeiro como camisetas, carros, vitrines, ruas e nas mãos das crianças em forma de boneco.
Parabéns! Aos nossos atletas, organizadores, voluntários, público e todos que, de uma forma ou outra, estão contribuindo para o sucesso deste evento. Esta enorme engrenagem só está dando certo porque cada um está dando a sua contribuição.
Faço votos que incidentes como os que ocorreram no judô e no handebol não voltem a acontecer para não comprometer o esforço de tantos brasileiros que estão trabalhando duramente para proporcionar ao Brasil e ao Mundo o espetáculo que temos acompanhado. Não se pode, em hipótese alguma, perder o verdadeiro espírito do esporte que é o de união, competitividade, fraternidade, solidariedade e respeito.
Estou muito orgulhosa do que vi nos jogos pan-americanos enquanto estive no Rio e não posso finalizar sem cantar:
“Eu, sou brasileira, com muito orgulho, com muito amor!”
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