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Publicado: Quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Viver com alegria!

Apenas tendo alegria de viver, conseguiremos viver com alegria.

Acabo de ler o livro “A  Alegria de Viver” - Editora Quadrante, escrito por Dom Rafael Llano Cifuentes. Convenceu-me plenamente do grande valor da alegria em nossas vidas: serve para tudo e para todos, seja para aquele que a possui, seja para aqueles que com ele convivem; é de grande valia nos ambientes familiares, de trabalho, de estudo e mesmo nos de lazer; faz bem para a sociedade e, sem querer exagerar, é capaz de melhorar o mundo.

Escreve o autor que “Todos nós desejaríamos possuir a alegria. Todos nós gostaríamos de torná-la parte integrante do nosso ser, de senti-la sempre lá bem dentro de nós, no fundo da nossa alma... e poder contar com a alegria, rir de alegria, chorar de alegria... amar de alegria!”.

Ora, se a alegria é tão boa assim, se gostamos dela, se realmente desejamos ser pessoas alegres, por que não o somos? Não de vez em quando, mas sempre, em qualquer circunstância; não uma alegria boba, superficial e efêmera, mas a verdadeira alegria, de alma, de coração. Seria ela uma característica genética ou adquirida? Como consegui-la, aumentá-la, conservá-la?

A realidade é que o nosso mundo não é alegre, os nossos relacionamentos não são sempre alegres e descontraídos; vivemos tensos, preocupados, prevenidos e desconfiados. Falta alegria no nosso dia-a-dia.

Se não sabemos defini-la precisamente, nem mesmo a receita exata para consegui-la, sabemos muito bem o que é senti-la, em nós e nos outros, o quanto é bom vivenciá-la em nosso meio. Ter alegria de viver é ter a felicidade da vida. De certa forma encontrar a alegria é encontrar a felicidade.

Se não é fácil sermos alegres ou conservar a alegria é porque forças contrárias - muitas vezes alimentadas por nós mesmos -, estão atrapalhando. É fatal, por exemplo, associarmos a alegria ou a felicidade ao ter e não ao ser.

Infelizmente o mundo moderno está muito influenciado pelos meios de comunicação e estes são negativos, pessimistas, “negros” demais. Enchem nossa vida de preocupações, ódio, vingança,  violência, mortes e tristeza, muita tristeza. Valorizam o pessimismo, as dificuldades, os problemas, escondendo os tantos motivos e acontecimentos alegres e felizes. Afinal de que vale mostrar tudo de ruim que acontece e por que dar-lhe tanta ênfase?

É preciso querer ser alegre, cultivar a alegria, valorizar especialmente os pequenos motivos que nos alegram. Se esperamos que “tudo” esteja bem para nos alegrarmos, isso é realmente difícil. É uma questão de escolha: consumir nossos dias “cuidando” dos problemas, ou, sem desprezar os problemas, “cuidar” melhor dos aspectos positivos e usufruir deles?

É preciso colocar o sentido da nossa vida naquilo que realmente nos realiza e nos faz felizes. Saúde, paz, família, amigos, trabalho e Deus fazem bem.

É preciso sorrir, treinar para enfrentar tudo com um sorriso, mesmo as situações adversas. É preciso alimentar a alegria e deixar morrer a tristeza. Uma fábula indígena ilustra essa ideia: Um ancião índio, certa vez, descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira: - Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom, e eles estão sempre brigando. Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu: - Aquele que eu alimento...

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