Bem estar

Publicado: Quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1º de dezembro - Dia Mundial de Combate à Aids

O objetivo dessa data é acabar com o preconceito.

Por Camila Bertolazzi

Em pleno século XXI o preconceito ainda existe. Exemplo disso é o dia criado para acabar com a discriminação que as pessoas - crianças, jovens, adultos e idosos - portadoras do vírus HIV, da Aids, sofrem. Em 2011 o Dia Mundial de Combate à Aids - celebrado em 1º de dezembro - completa 15 anos. Segundo o Médico Infectologista e Secretário de Saúde de Itu, Marco Aurélio Bastos, o preconceito e a discriminação contra as pessoas com Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia. Leia a entrevista completa!

Outro problema muito grave é a falta de informação, principalmente entre os mais pobres. Uma pesquisa realizada em nove países revelou que mais de 40% das pessoas não consideram a Aids uma doença fatal.
A Aids é uma doença grave, que ainda não tem cura. Os remédios apenas ajudam a controlar a doença. Por isso, a prevenção é a melhor solução. E o uso de preservativos em todas as relações sexuais ainda é a principal maneira de prevenir-se. Leia mais sobre a Aids - prevenção, transmissão e tratamento!

O mundo tem hoje pouco mais de 33,4 milhões de pessoas infectadas com o vírus da Aids. Mas esses pacientes estão ampliando a sobrevida em virtude dos programas de fornecimento de coquetéis, tanto que a proporção de pessoas com acesso a tratamento saltou de 7% em 2001 a 42% em 2008, período em que o planeta ganhou 2,7 milhões de novos infectados e registrou a morte de outros 2 milhões. Apesar do aumento de pessoas infectadas no Brasil, o país pode se orgulhar, pois já encontrou um modelo de tratamento contra a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo.

Mesmo com o possível tratamento, precisa haver conscientização entre todos. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários na vida de todos. Faça a sua parte!

Aids e os jovens

Entre a juventude, a presença do vírus HIV tem crescido principalmente na idade da iniciação sexual. Quase 70 mil casos de Aids já foram registrados entre pessoas com menos de 24 anos de idade no Brasil. Isso representa 16% dos casos notificados no país. Na população em geral, a estatística é de 16 homens com Aids para cada dez mulheres infectadas. Já na faixa de 13 a 19 anos, são seis casos em meninos para dez em meninas. Mesmo com várias campanhas esclarecendo que a melhor forma de não contrair a Aids é usando camisinha, os jovens se mostram desinformados.

Mas de acordo com a estudante Angeline Giamboni, de 24 anos, a informação existe, o que falta é a conscientização das pessoas, "pois cada um tem sua vida sexual, e deve saber quais são os cuidados necessários para se prevenir da gravidez e principalmente das DSTs". Leia esse depoimento completo e vários outros!


Para o infectologista Dr. Bastos, outro problema enfrentado com os jovens é a vergonha. "Eles sentem vergonha de ir à farmácia comprar um preservativo ou de ter uma camisinha em casa", explica. Os resultados disso é que, mesmo com todas as campanhas, segundo pesquisas, apenas 25% dos jovens usam camisinha.

Aids e os idosos

Entre os anos de 1996 e 2005, observa-se também o crescimento da epidemia nas pessoas com 50 anos ou mais. Na faixa etária de 50-59 anos, a taxa de incidência entre os homens passou de 18,2 para 29,8; entre as mulheres, cresceu de 6,0 para 17,3. No mesmo período, há aumento da taxa de incidência entre indivíduos com mais de 60 anos. Nos homens, o índice passou de 5,9 para 8,8. Nas mulheres, cresceu de 1,7 para 4,6.

O crescimento da Aids ocorre porque entre as mulheres mais experientes a camisinha parece tabu. O mesmo acontece com os homens da mesma faixa etária, tanto que uma pesquisa do próprio Ministério da Saúde aponta que 63% dos homens com mais de 50 anos confessam não ter o costume de utilizar preservativo nas relações eventuais.

"A classe de idosos que são viúvos, por exemplo, tem uma maior diversidade de parceiros e com isso, mais riscos. Os idosos também têm um grande problema para aceitar a camisinha, já que não cresceram com essa ideia de prevenção", justifica o infectologista.

Aids em Itu

Atualmente, em Itu há mais de 600 pessoas diagnosticadas soropositivas. Por meio do Ambulatório de Moléstias Infecciosas (AMI), a Secretaria Municipal de Saúde promove programas específicos de HIV/Aids. Esse programa conta com exames, infectologista, ginecologista, psicólogo, assistente social, dentista e medicamentos quando necessário. A Secretaria também realiza trabalho de conscientização com campanhas e ações educativas. Mais informações, no AMI, localizado na rua Dr. José de Paula Leite Barros, 136, centro.

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