Que noite maravilhosa tivemos em Itu nessa quarta-feira! Aproximadamente 400 pessoas tiveram o privilégio de testemunhar evidências de uma “Consciência Transformadora”. Saímos muito diferentes do que entramos. Saímos com a esperança (do verbo esperançar) de que a saúde, cultura e bem estar estejam presentes em todos os momentos através da compaixão. Gratidão é a melhor palavra para expressar o sentimento de profundo agradecimento a todos que participaram para que esse evento fosse realizado.
Bento Dias Pacheco, o nosso Padre Bento, foi o homenageado da 9ª edição do Prêmio Padre Antonio Pacheco da Silva, na noite do dia 11 de setembro, que considerou a importante obra humanitária e religiosa do Apóstolo da Caridade, além da celebração dos seus 200 anos de nascimento. Nos séculos 19 e 20, Padre Bento já exercia com primor o que podemos definir atualmente como “Consciência Transformadora, o Cuidado em semear vidas através dos séculos!”.
Instantâneos capturados pelo olhar e lente do fotógrafo Juca Ferreira: http://bit.ly/JucaFotografo
Além da emocionante história de vida de Padre Bento, o público foi agraciado com as palavras de Tarsilinha do Amaral, sobrinha neta de Tarsila do Amaral – uma das mais importantes artistas brasileiras do século 20, que em 1931 pintou a obra Retrato do Padre Bento, único quadro do religioso; e da médica, especialista em Cuidados Paliativos, sócia fundadora da Associação Casa do Cuidar, Prática e Ensino em Cuidados Paliativos e autora do livro A morte é um dia que vale a pena viver, Dra Ana Claudia Quintana Arantes. O evento contou ainda com a brilhante e emocionante participação do Coral Vozes de Itu.
Um dos momentos mais emocionantes (e foram muitos) foi a entrega das esculturas do artista Ituano Segirson de Freitas para a Tarcilinha e a Ana Claudia. Elas foram surpreendidas com a arte, criatividade e carinho em agradecimento a suas presenças. Vejam a foto no Álbum (acima) do fotógrafo Juca Ferreira.
Agradecimentos ao patrocínio da Padovani – Materiais de Construção https://www.padovani.com.br/
Agradecimentos a Cláudia Oliva Zanotto da Onco Itu ([email protected])
Cena com a Tarsilinha do Amaral:
Cena com a Ana Claudia Quintana Arantes:
Textos da jornalista Angélica Estrada ([email protected]):
O homenageado
O homenageado nesta 9ª edição do Prêmio Padre Antonio Pacheco da Silva é lembrado através dos séculos, mesmo tendo sido exemplo de humildade, como um dos religiosos mais atuantes em Itu, a chamada Roma Brasileira. Nascido em 17 de setembro de 1819, Padre Bento Dias Pacheco recebe, na noite deste 11 de setembro, justa homenagem póstuma pelo bicentenário de seu aniversário e pela magnífica e inspiradora obra realizada junto aos hansenianos.
Homem de posses e pertencente a família influente, a caridade pautou a vida de Padre Bento. Após vender tudo o que possuía, se despediu de familiares e amigos, e passou a escrever uma história protagonizada pelo amor ao próximo. Ordenou-se padre em 1840 e, a partir de 1869, dedicou-se aos hansenianos, conhecidos à época como leprosos, marginalizados por uma sociedade temerosa em contrair a terrível moléstia. Foram 42 anos da mais pura convivência com eles, de forma respeitosa e acolhedora, na Chácara da Piedade.
Faleceu em 6 de março de 1911 sem contrair a doença e, conforme desejava, teve o caixão carregado por aqueles que tanto amou. Os restos mortais do religioso estão na Igreja Nosso Senhor do Horto e São Lázaro, em Itu, localizada no bairro que leva o seu nome.
Prêmio Padre Antonio Pacheco da Silva
O Prêmio Padre Antonio Pacheco da Silva é organizado pela Sociedade Amigos da Cidade de Itu (Saci) e pela empresa Padovani – Materiais de Construção. Na edição deste ano, o Prêmio, já considerado tradição em nossa cidade, conta com apoio da Prefeitura de Itu, Coral Vozes de Itu e Instituto de Tratamento Unificado em Oncologia – OncoItu.
Com o propósito de homenagear profissionais da área da saúde que, por meio de vocação e dedicação, muito contribuem e enaltecem a história da cidade de Itu, o Prêmio foi criado em 2011, ano em que se comemorou o Jubileu de Ouro da Saci.
Ao longo desses anos foram homenageados os seguintes profissionais e famílias:
2011 – Famílias Fávero e Salvadori
2012 - médico Alfredo José Fruet
2013 – médico Célio Pires
2014 - médico Hélcio Barbosa Nascimento
2015 – biomédico Maurício Carvalho Campos
2016 - enfermeira Maria Cristina Martins França
2017 - dentista José Divaldo Prado
2018 – médico Miguel Ângelo Pedroso
2019 – Padre Bento Dias Pacheco
Coral Vozes de Itu
Há 54 anos mantendo vivo o canto coral
O Coral Vozes de Itu, fundado em 1965, atua ininterruptamente há 54 anos, para manter vivo o canto coral na cidade de Itu. Criado para apresentar obras do cancioneiro brasileiro e estrangeiro, participou de festivais, encontros, montagens de musicais, ópera e grandes eventos festivos, com uma agenda que privilegia momentos significativos do calendário cultural de Itu e região. Apresentou-se em diversas cidades paulistas e de Minas Gerais.
Desde 1995 o Vozes de Itu se dedica também à manutenção da música histórica paulista, sobretudo da própria cidade. Realiza concertos, saraus, serestas e participa de cerimônias religiosas cantando obras compostas em Itu e outras cidades do Estado. É um grupo com trabalho exclusivo do repertório do Museu da Música – Itu.
O grupo é composto por cerca de 30 cantores e tem por regentes Luís Roberto de Franciso e Paulo Zeppini.
É mantido pela Associação Cultural Vozes de Itu, entidade sem fins lucrativos, com sede própria.
Tarsilinha do Amaral
A palestrante Tarsilinha do Amaral é sobrinha neta de Tarsila do Amaral, uma das mais importantes artistas brasileiras do século 20 e autora da obra Retrato do Padre Bento. A obra que retrata Padre Bento Dias Pacheco foi pintada por Tarsila do Amaral, com o objetivo de atender a um pedido da mãe da artista e devota do religioso ituano.
Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP) e formada em Museologia pela Universidade de São Paulo (USP), Tarsilinha é diretora na empresa Tarsila do Amaral Empreendimentos Culturais e a responsável pelo patrimônio artístico da tia avó, que faleceu quando ela tinha apenas oito anos.
Neste ano de 2019, foi a responsável pela organização da exposição Tarsila Popular, que levou milhares de pessoas ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – Masp, na capital paulista. A mostra reuniu 92 obras da artista nascida em Capivari, interior de São Paulo, e que se destacou no modernismo brasileiro.
Tarsila Popular bateu recordes de visitação, sendo vista por 402.850 pessoas. A exposição é a mais visitada da história do Masp, superando a mostra Monet que, em 1997, recebeu 401.201 visitantes.
Trabalhou de forma exaustiva, durante anos, para viabilizar exposições das principais obras de Tarsila do Amaral em Nova York e em Chicago. Essa é, sem dúvida, uma das grandes conquistas de Tarsilinha do Amaral, que conseguiu levar para o mundo as obras da renomada artista brasileira. Calcula-se que 800 mil pessoas visitaram a exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMa.
Mais informações/canais de comunicação da palestrante:
Tarsila do Amaral (Facebook)
@tarsiladoamaral (Instagram)
Ana Claudia Quintana Arantes
A palestrante Ana Claudia Quintana Arantes é médica, formada pela Universidade de São Paulo (USP), com residência em Geriatria e Gerontologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Fez pós-graduação em Psicologia – Intervenções em Luto pelo Instituto 4 Estações de Psicologia e especialização em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium e pela Universidade de Oxford.
É coautora dos livros Cuidado Paliativo do CREMESP (2008) e Manual de Cuidados Paliativos – ANCP (2009 e 2012). Publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado Linhas pares, no ano de 2012.
É sócia fundadora da Associação Casa do Cuidar, Prática e Ensino em Cuidados Paliativos e foi a responsável pela elaboração e implementação de políticas assistenciais e treinamentos institucionais em Cuidados Paliativos e Terapia da Dor no Hospital Israelita Albert Einstein.
Participou do TEDx FMUSP com a palestra “A morte é um dia que vale a pena viver”; lançou livro pela Editora Sextante com o mesmo título. Recentemente, lançou nova edição, revista e ampliada, do consagrado livro “A morte é um dia que vale a pena viver”.
É docente da The School of Life, ministrando as aulas “Como lidar com a morte” e “Como ter melhores conversas”. Coordena o curso avançado de Cuidados Paliativos da Associação Casa do Cuidar.
Desde 2015 desenvolve cursos e intensivos de Conversas sobre a Morte para desvendar o tabu do tema.
Atua ainda em consultório particular no atendimento de pacientes de Geriatria, Cuidados Paliativos e Suporte ao Luto.
Mais informações/canais de comunicação da palestrante:
Dra Ana Claudia Quintana Arantes (Facebook)
@anaclaudiaquintana (Instagram)
Notícia no ITV -Itu TV:
https://www.facebook.com/canalitutv/videos/vb.431131653666692/1177418725777778/